Falcão diz que lamenta escândalo na Fifa e teme por crédito no futebol

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2015 14h11
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Reprodução Paulo Roberto Falcão

Ex-jogador e hoje treinador de futebol, Paulo Roberto Falcão lamenta o escândalo de corrupção que envolve dirigentes da Fifa. Em entrevista à rádio Jovem Pan neste sábado (30), Falcão afirmou que teme que o futebol perca o crédito com o torcedor que, segundo ele, é peça fundamental na estrutura do esporte.

“Eu acho lamentável. Pra gente que tem uma leitura e uma visão do futebol um pouco diferente. Minha grande preocupação é o descrédito que pode levar ao torcedor. O torcedor é a razão maior do futebol. É o torcedor que faz com que essa paixão se perpetue. O torcedor fica pensando ‘o que está acontecendo, porque as pessoas se envolvem nisso?’”, comentou. “Eu lamento, e tomara que a gente possa respirar um ar um pouco diferente com essa tomada de decisões e se possa ser muito objetivo na comprovação desses fatos”, completou o ex-volante.

Questionado se o escândalo na Fifa pode tem consequências diretas no futebol brasileiro, Falcão se mostrou cauteloso, e preferiu não pré-julgar dirigentes brasileiros: “é muito difícil, não gosto muito de ficar falando em cima de fatos que eu tenha lido ou escutado. Acho que sempre tem que ouvir as duas partes, isso aprendi quando entrei na imprensa, 30 anos atrás. Espero que isso seja resolvido rapidamente. As pessoas que trabalham no futebol e que jogam, querem que isso seja resolvido de maneira muito rápida. Comprovando os fatos, a gente tem que ter um resultado muito rápido, até para que as pessoas do mundo do futebol possam respirar um ar mais limpo”, disse.

Falcão comentou, ainda, a chegada de treinadores estrangeiros no Brasil, casos de Diego Aguirre, no Internacional, e agora Juan Carlos Osório, no São Paulo: “eu não sou favorável à reserva de mercado. Nunca fui, nem quando eu estava no futebol europeu. O que tem que determinar é a competência do profissional. Claro que sempre estamos falando dos mesmos. Os treinadores trabalhando nos últimos anos são sempre os mesmos. Acho que deveria também tentar buscar novidade no mercado brasileiro. É válida a busca por estrangeiro. Acho que europeu tem cultura tática acima da nossa, e tem uma explica simples pra isso: sempre tivemos qualidade individual acima dos outros. No momento em que passamos a ter dificuldades de talentos nos times, tem que aparecer muito mais o treinador”, disse o ex-jogador da Seleção Brasileira.

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