Fantasma, sofrimento e força em casa: a caminhada do Palmeiras rumo ao título
A caminhada palmeirense rumo ao título da Copa do Brasil não foi nada fácil e para chegar a terceira conquista na competição, o Verdão precisou mostrar poder psicológico para bater fantasmas do passado, consistência para arrancar bons resultados fora de casa e muita superação para reverter placares adversos.
Em 13 jogos na competição nacional, o Verdão conquistou oito vitórias (contras três empates e apenas duas derrotas) e marcou 25 gols (contra 13 sofridos).
Comandado por Oswaldo de Oliveira nas três primeiras fases da Copa do Brasil, o Verdão superou o Vitória da Conquista (4 a 1), o Sampaio Corrêa (1 a 1 no jogo de ida e 5 a 1 para o Palmeiras na volta) e na sequência o Asa de Arapiraca, eterna zebra na história palmeiras (0 a 0 no jogo de ida e 1 a 0 na partida de volta).
A partir das oitavas de final, já comandado por Marcelo Oliveira, veio a parte mais complicada no caminho alviverde em busca do título.
O sorteio colocou o Palmeiras no lado oposto do rivais Santos, Corinthians e São Paulo que fatalmente se encontrariam no outro lado da chave. O Verdão, porém, teria ao seu lado grandes clubes como o Internacional, Fluminense e o Cruzeiro, adversário nas oitavas.
Contra a raposa, talvez as melhores atuações alviverdes na competição. Vitória por 2 a 1 na partida de ida e 3 a 2, com show de Gabriel Jesus, na volta.
O rival nas quartas foi o Internacional. No primeiro jogo em Porto Alegre, empate em 1 a 1 que deu aos palmeirenses a esperança de garantir a vaga em casa. No Allianz Parque, a classificação foi conquistada, mas com muito sofrimento. Vitória por 3 a 2 com gols nos minutos finais, um grande teste para os corações alviverdes e grande amostra do que estaria por vir.
Diante do Fluminense, nas semifinais, mais sofrimento. Jogando mal, o Verdão levou dois gols no jogo de ida, mas um gol salvador de Zé Roberto, em pênalti polêmico no Maracanã, manteve vivo o objetivo de chegar a final. Jogando em casa, o time de Marcelo Oliveira buscou a vitória, abriu dois a zero, mas sofreu gol de Fred que descontou para o Flu e levou a decisão da vaga para os pênaltis. Foi aí que brilhou a estrela de Fernando Prass, herói da conquista alviverde. O arqueiro defendeu a cobrança de Gustavo Scarpa e viu Gum desperdiçar. O time do Palestra Itália carimbou a vaga para a grande final diante do rival Santos que vinha embalado após massacrar o São Paulo.
O sorteio dos mandos de jogo garantiu ao Palmeiras o direito de decidir a Copa do Brasil em casa. Era a possibilidade de conquistar o primeiro título em seu novo estádio. Mas, antes de jogar tudo no Allianz Parque, o Verdão precisaria sair vivo da Vila Belmiro. Na casa santista, 1 a 0 para os santistas, gol de Gabriel. O título alviverde esteve perto de escapar, mas o impressionante gol perdido de Nilson no último minuto de jogo impediu que o Peixe fizesse 2 a 0 e construísse boa vantagem para a volta.
O bom desempenho em casa dava confiança aos palestrinos, mas novamente o coração alviverde seria testado. Com dois gols de Dudu, o time de Marcelo oliveira fez 2 a 0, mas sofreu gol de Ricardo Oliveira. Nos pênaltis, Fernando Prass tratou de decidir novamente. O arqueiro viu Marquinhos Gabriel chutar para fora, defendeu a cobrança de Gustavo Henrique e decidiu o título ao bater o último pênalti palmeirense para festa do Allianz Parque.
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