Felipão não diz se permanece no cargo e assume vexame: “sei que foi uma mancha”

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2014 15h43
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Felipao da Seleção brasileira durante entrevista coletiva na Granja Comary, 09 de julho de 2014. HEULER ANDREY/Mowa Press Mowapress Felipão em coletiva do vexame

O dia seguinte à acachapante derrota para a Alemanha, por 7×1, que tirou as chances da Seleção Brasileira de jogas a final da Copa do Mundo, foi de prestação de contas. O técnico Luiz Felipe Scolari, ao lado de toda a comissão técnica, buscou dar explicações sobre o que aconteceu no Mineirão em entrevista coletiva.

Resignado, o comandante não deu pistas se permanece no cargo e assumiu a dor do vexame, embora não avalie o trabalho como de todo o ruim. “Foi catastrófico pela quantidade de gols, ficará para a história desta forma, mas não esqueçam que o Brasil, depois de 2002, foi a primeira vez que chegou à semifinal”, disse, “Foi sofrível, mas chegamos entre os quatro melhores do mundo”.

Ele ainda completou: “eu entendo a mancha, a vergonha, isso não vai sair de mim. Mas vou seguir minha vida, continuam vencedores, vamos buscar outros objetivos”.

Scolari procurou não se comprometer a respeito de uma suposta saída futura. “Nós temos um compromisso com a CBF até o final do Mundial, que passa a ser depois do jogo de sábado, não vamos discutir antes. Temos outra final que é o jogo de sábado, depois disso, conversaremos. A definição passa pela presidência”, afirmou.

Alemanha

O algoz da terrível derrota foi alvo de elogios por Felipão. Afirmando que sabia que seria um confronto dificílimo, o treinador resumiu o resultado horroroso em favor dos europeus como sendo fruto de “um apagão de seis minutos”, em que a Seleção tomou 4 gols seguidos.

“É uma pane geral. Ninguém entendia, a equipe da Alemanha aproveitou a oportunidade. Eu não tenho como explicar, não vou justificar. Não podemos terminar a vida, principalmente dos meus jogadores, com essa possibilidade. Eles serão os jogadores que continuarão trabalhando pelo Brasil, voltando a ser um dos melhores times do mundo. Provavelmente, 70% estará em 2018, já com essa bagagem diferente do que nos tínhamos”, explicou.

O trabalho de anos realizado por Joachim Löw também foi algo amplamente abordado por Scolari, que ressaltou a aposta da federação alemã mesmo após repetidas derrotas da sua equipe em competições passadas.

Disputa de terceiro lugar

Felipão já considera a disputa do próximo sábado (12), pelo terceiro lugar da Copa do Mundo, como um novo “objetivo principal”. Ele já pensa se fará mudanças do time, mas acredita que somente uma avaliação do time poderá ajudar na decisão.

Ele também projetou os possíveis adversários: “se for a Argentina, é um clássico muito importante, de muita rivalidade. As características são bem diferentes do que a Holanda. A partir da reunião que teremos, veremos as condições dos jogadores. Vamos estudar as possibilidades, se entro com o mesmo time ou faço alterações”.

 

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