Felipe França se destaca, Brasil leva 3 ouros e lidera Mundial de Natação

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O Brasil terminou a quinta-feira como líder do Campeonato Mundial em Piscina Curta, que está sendo disputado em Doha, no Catar, com três medalhas de ouro, conquistadas nos revezamentos 4×50 medley e misto, e com Felipe França nos 100 metros peito.

Os primeiros brasileiros a caírem na água foram os do revezamento masculino. E a equipe – formada por Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos e César Cielo – venceu com direito a recorde mundial. Com o tempo de 1min30s51, eles superaram a antiga marca da Rússia (1min32s78), conquistada durante as eliminatórias.

O segundo lugar ficou com os franceses, que também bateram o recorde mundial (1min31s25), mas ficaram quase um segundo atrás do Brasil. Os Estados Unidos completaram o pódio (1min31s83).

Cielo, líder da equipe brasileira, terá a chance de conquistar nova medalha. O principal nome da natação brasileira avançou à decisão dos 50 metros livres ao registrar o melhor tempo nas provas de classificação, com 20s80.

Já Felipe França voltou às piscinas do Hamad Aquatic Centre para conquistar a segunda medalha de ouro do Brasil, desta vez de forma individual. O atleta brilhou nos 100 metros peito com o tempo de 56s29, superando o britânico Adam Peaty (56s35) e francês Giacomo Perez-Dortona (56s70).

O nadador também teve destaque na terceira medalha dourada brasileira, garantida após a vitória no revezamento 4×50 metros medley. França subiu ao lugar mais alto do pódio ao vencer junto com Nicholas Santos, Etiene Medeiros e Larissa Oliveira, com o tempo de 1min37s26. A equipe britânica ficou com o segundo lugar (1min37s46) e a italiana em terceiro (1min37s90).

Outros brasileiros não tiveram tanta sorte nas provas individuais. Guilherme Guido voltou à piscina para a final dos 100 metros costas, terminando apenas com o quinto lugar. Na mesma prova, entre as mulheres, a também medalhista no revezamento Etiene Medeiros acabou com a sétima colocação. Já Marcos Macedo foi oitavo e último colocado na final dos 100 metros borboleta.

Entre os estrangeiros, o sul-africano Chade Le Clos e a húngara Katinka Hosszu, eleitos na última segunda-feira os melhores nadadores da temporada pela Federação Internacional de Natação (Fina), fizeram jus à premiação.

Le Clos obteve sua segunda medalha de ouro no Mundial, desta vez no 100 metros borboleta, com um tempo de 48s44, com direito a recorde mundial. Sua marca foi quatro centésimos melhor que a registrada pelo russo Evgeny Korotyshkin em 2009.

Hosszu, por sua vez, se recuperou das derrotas para a espanhola Mireia Belmonte nos 200 metros borboleta e 400 metros medley na quarta-feira e foi campeã dos 100 metros costas, também com melhor marca da história.

Belmonte também brilhou e é, ao lado de Felipe França, uma das únicas atletas com três medalhas douradas até agora. Ela levou a melhor nos 800 metros livre.

A piscina do Hamad Aquatic Centre serviu ainda de cenário para a 32ª medalha, a 21ª de ouro, do americano Ryan Lochte, o maior vencedor da história do Mundial em Piscina Curta, depois de ter contribuído para o triunfo da equipe americana no 4x200m livre.