Fellype Gabriel relata drama nos Emirados e até tratamento com bife
Fellype Gabriel, finalmente, foi apresentado no Palmeiras e recebeu a camisa 30 das mãos de Alexandre Mattos. Treinando há três meses na Academia de Futebol, o reforço mostrou alívio por estar, enfim, regularizado, e contou dos dramas que viveu nos Emirados Árabes, jogando pelo Sharjah FC. Segundo o meia, ele chegou até a realizar tratamento com bifé ao lesionar o pé.
“Tomei uma pancada em um jogo, e o peito do pé inchou. E fui para o jogo, mas antes o médico disse que queria fazer algo no pé para me fazer treinar. Eu sentei na maca, o médico foi na geladeira, colocou um pedaço de bife, disse que colocou uns remédios e me falou para ir treinar. Não conseguia nem fechar a chuteira”, lembrou o jogador.
Mais do que a ideia pouco usual, o principal temor do jogador era as infiltrações. Em julho do ano passado, o meia rompeu ligamento do joelho esquerdo e passou por uma cirurgia no Brasil. Já próximo de retornar, cerca de cinco meses após o problema, Fellype sentiu um incômodo e o médico do clube aplicou uma infiltração no local, que trincou o osso no local e atrasou ainda mais sua recuperação. O atleta diz que não joga há 11 meses.
“É um assunto até meio delicado, acho que era tunisiano. Me falaram que ele era médico, mas outros disseram que não, que era um fisioterapeuta. O que eu vi lá, tentei ajudar de todas as formas, levei fisioterapeuta brasileiro para ajudar, mas ele não deixava tocar nos jogadores árabes. Os árabes me ligavam para às vezes ir na minha casa ser atendido pelo brasileiro. Isto prejudica, os jogadores viviam com lesões e era só infiltração. Lamento muito de não ter ajudado mais meus companheiros”, completou.
Agora animado pela oportunidade de jogar em um time que briga pelo título brasileiro, Fellype diz que já está liberado fisicamente para jogar, mas ainda não está em 100% de sua condição. Contratado a pedido do ex-técnico Oswaldo de Oliveira, o camisa 30 tem como um de seus trunfos a versatilidade. Embora meia, ele prefere atuar mais aberto pelos lados do campo.
“Já joguei em várias posições e isto ajuda bastante, porque às vezes você não precisa tirar alguém para mudar o time. Eu costumei jogar mais no lado do campo, como o Dudu, o Rafael, o Kelvin, mas no mundo árabe estava mais pelo meio, também. Como o Marcelo optar, tenho que estar pronto para corresponder”, encerrou. O armador assinou até 2017 e já está regularizado para estrear com a camisa alviverde.
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