Fifa admite dificuldades para conseguir patrocinadores após caso de corrupção
O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, admitiu nesta quarta-feira (9) que a entidade está enfrentando dificuldades para encontrar novos patrocinadores após os escândalos de corrupção que abalaram o mundo do futebol.
As declarações de Weiz foram dadas em Tóquio durante uma entrevista coletiva na qual a Fifa apresentou o grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba como patrocinador oficial do Mundial de Clubes para os próximos oito anos.
“Seria equivocado dizer que não estamos tendo dificuldades devido às circunstâncias que rodeiam a Fifa nesse momento”, afirmou Weil ao ser questionado pelos jornalistas se o escândalo de corrupção prejudicou a imagem da entidade máxima do futebol.
“Não é fácil vender (a marca Fifa). Estamos em negociações com diferentes companhias, mas somos realistas e sabemos que isso não mudará até que reformas sejam aplicadas e que um novo presidente seja eleito em fevereiro”, disse o diretor de marketing.
A crise da Fifa ganhou um novo capítulo na semana passada com a prisão de outros 16 dirigentes da entidade por envolvimento em um gigantesco escândalo de corrupção. Além dos detidos, foram acusados o presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, e Ricardo Teixeira, que presidiu o órgão entre 1989 e 2012.
As investigações foram iniciadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em maio, quando foram presos sete dirigentes da Fifa acusados por subornos, lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.
O antecessor de Del Nero na CBF, José Maria Marin, estava entre os detidos na primeira etapa da operação e atualmente, após ser extraditado pelo governo da Suíça, cumpre prisão domiciliar em Nova York.
A Fifa apresentou hoje o novo patrocinador para o Mundial de Clubes, que começa amanhã com a partida entre o Safrecce Hiroshima, do Japão e o Auckland City, da Nova Zelândia.
A Alibaba E-Auto, empresa automobilística da Alibaba, substituirá a montadora japonesa Toyota como patrocinador do torneio. E mostra o interesse da Fifa pelo mercado da China.
“A China é um mercado no qual ainda não somos fortes”, destacou Weil, acrescentando que a Fifa pretende ajudar a desenvolver o futebol no país e pode organizar o Mundial de Clubes no futuro.
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