Fifa aprova comitê para mediar relação futebolística entre Israel e Palestina
O Congresso da Fifa aprovou nesta sexta-feira, em votação, a criação de um mecanismo que verificará que Israel não coloque obstáculos ao futebol palestino e analisará a participação no futebol do país, de equipes de colônias judaicas nos territórios palestinos ocupados.
Das 209 associações nacionais presentes e com direito a voto, 168 votaram a favor da iniciativa palestina, 18 se manifestaram contra e 23 se abstiveram.
Momentos antes da votação, a federação da Palestina retirou nesta sexta-feira o pedido de suspensão da entidade similar de Israel a partir do apelo de dirigentes das mais diversas nacionalidades.
A demanda, colocada em votação a partir de diversas ações creditadas aos israelenses, como, por exemplo, o livre acesso de jogadores em seu território, foi retirada conforme anunciou o presidente da federação palestina, Yibril Rajoub.
O mecanismo aprovado hoje consistirá em um comitê de três membros, todos presidentes de associações, que trabalharão de forma independente do Congresso, a pedido da Palestina.
Rajoub lamentou em seu discuros que todas as tentativas realizados nos três últimos anos, para resolver os problemas que enfrenta o futebol palestino por restrições impostas por Israel, não deram frutos.
O primeiro problema mencionado pelo presidente da Federação de Futebol da Palestina tem a ver com as restrições ao movimento de jogadores e bens relacionados com o futebol, inclusive doações, com casos de retenção de material futebolístico por mais de um ano nas alfândegas israelenses.
Além disso, Rajoub se referiu a diversas situações de racismo na região, que ele cobrou que sejam resolvidas. Finalmente, como o ponto mais sensível, denunciou que equipes de Israel joguem em “territórios palestinos reconhecidos internacionalmente”, pedindo que esta questão seja transferida à ONU.
“Se Nações Unidas disserem que esses territórios são de Israel, então não há problema, mas se disserem que são da Palestina, todos os atos esportivos israelenses devem ser proibidos”, afirmou.
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