Fifa dá prazo até as 17h de Brasília para Luis Suárez apresentar argumentação
Rio de Janeiro, 25 jun (EFE).- A Fifa confirmou nesta quarta-feira que abriu um expediente disciplinar ao atacante Luis Suárez por morder o zagueiro Giorgio Chiellini e lhe deu um prazo até as 17h de Brasília para apresentar sua argumentação sobre o polêmico episódio ocorrido ontem, na vitória do Uruguai por 1 a 0 sobre a Itália.
“A Fifa confirma que foram abertos procedimentos disciplinares contra o jogador do Uruguai Luis Suárez por transgredir o artigo 48 e/ou 57 do código disciplinar da Fifa durante a partida da Copa do Mundo entre Uruguai e Itália, jogada em 24 de junho de 2014”, disse a entidade em comunicado.
“O jogador e/ou a Federação Uruguaia têm até as 5 p.m., hora de Brasília, para apresentar sua versão e alguma evidência documental que eles considerem relevante”, prossegue a nota.
O árbitro mexicano Marco Rodrigues não sancionou a ação, ocorrida aos 35 minutos do segundo tempo, apesar da reclamação de Chiellini, que lhe mostrou a marca dos dentes do atacante em seu ombro esquerdo, e dos outros jogadores da seleção italiana.
A Federação Internacional se baseou no artigo 77.b de seu código disciplinar, que prevê a aplicação sanções de forma retroativa em razão de “erros óbvios” do árbitro. O artigo foi introduzido no regulamento em 2010, mas jamais aplicado.
A Fifa, no entanto, já aplicou punições se baseando em imagens de vídeo em outras ocasiões. A primeira delas foi na Copa de 1994, quando suspendeu o italiano Mauro Tassotti por oito partidas por ter dado uma cotovelada que quebrou o nariz do espanhol Luis Enrique, sem que o árbitro marcasse falta, em jogo pelas oitavas de final.
Luis Suárez, após a partida contra a Itália, justificou sua ação da seguinte forma: “são coisas do jogo. Atingi seu ombro, mas não houve nada. Todos somos jogadores de futebol”.
Pelo Liverpool, o atacante uruguaio já teve que cumprir uma suspensão de dez partidas no Campeonato Inglês por morder o lateral Branko Ivanovic, do Chelsea, em abril de 2013. EFE
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