Fifa determina pausa de três minutos na partida em caso de concussão

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2014 10h51
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Alvaro Pereira se machuca AFP Alvaro Pereira se machuca

A Fifa anunciou, nesta terça-feira (23), que irá recomendar aos árbitros do mundo todo que paralisem a partida por três minutos cada vez que um atleta sofrer concussão, que é a perda de consciência de curta duração depois de um choque na cabeça.

De acordo com informações do site oficial da entidade, a medida foi pensada depois dos graves casos ocorridos durante a Copa do Mundo de 2014. O mais famosos deles foi do alemão Christoph Kramer: o volante sofreu um choque na final do torneio diante da Argentina e disse não se lembrar do que aconteceu dentro do gramado do Maracanã, estádio onde foi realizada a decisão vencida pelos europeus. 

Outro caso grave envolveu o lateral uruguaio Álvaro Pereira. Em partida diante da Inglaterra, o são-paulino sofreu um choque e ficou desacordado por alguns momentos. Logo depois de receber tratamento, acordou e se recusou a sair da partida. Na ocasião, médicos alertaram para o perigo da contuda do jogador celeste.

“Os incidentes no Mundial mostraram que o papel dos médicos das equipes deve ser ampliado, para que os casos de consussão sejam tratados da maneira adequada durante as partidas. Quando um caso suspeito de consussão ocorrer, o árbitro poderá paralisar o jogo por até três minutos, permitindo que o médico entre em campo para avaliar se o jogador de fato sofreu uma concussão”, diz o comunicado no site da entidade máxima do futebol mundial.

Para evitar casos de “teimosia” como o de Álvaro Pereira, a Fifa determinará que o jogador só possa retornar ao gramado com autorização dos médicos. “O árbitro só poderá autorizar o atleta a voltar a campo com autorização do médico, que terá palavra final no caso”, escreveu.

Apesar da preocupação com as lesões do tipo, o comunicado da entidade elogia a atuação dos médicos durante o Mundial no Brasil. “O número de lesões caiu de 2,7 por jogo da Copa de 2002 para 1,7 por jogo no Brasil, em 2014”, citando o país como um dos casos mais positivos de atuação médica no esporte. 

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