Fifa inaugura seu 65º Congresso com Blatter ainda favorito
Zurique, 29 mai (EFE).- A Fifa inaugurou nesta sexta-feira seu 65º Congresso, que tem como ponto principal de sua agenda a eleição do presidente da entidade, um cargo que o suíço Joseph Blatter parece ter possibilidades de continuar ocupando, apesar dos escândalos de corrupção que envolveram a organização nas últimas 48 horas.
Durante a chegada ao Hallenstadion de Zurique, onde acontece o Congresso, vários delegados se negaram a falar com os jornalistas, mas aqueles que aceitaram fazer declarações estavam divididos quanto a suas preferências.
Delegados de países africanos e de pequenas ilhas que contam com federações nacionais de futebol com direito a voto no Congresso manifestaram seu apoio a Blatter, pois o consideram como a pessoa mais apropriada para continuar no comando da organização, que conta com 209 membros.
Por outro lado, os europeus que responderam aos questionamentos da imprensa foram unânimes em apoiar o príncipe jordaniano e vice-presidente da Fifa, Ali bin al Hussein, o único rival de Blatter, que concorre a seu quinto mandato.
O presidente da Federação de Futebol da Holanda, Michael Van Praag, que era um dos postulantes à presidência da entidade, mas retirou sua candidatura e agora apoia o jordaniano, opinou que o príncipe tem chances de ganhar e adiantou que, se isso não ocorrer, o resultado final será bastante apertado.
“Nunca acreditei nos blocos e nesta ocasião há alguns que estão claramente divididos. Esta votação é secreta e cada um pode fazer o que quiser”, acrescentou.
A ruptura mais evidente, segundo comentários de alguns delegados que pediram o anonimato, se observa na Confederação de Futebol Sul-Americana (Conmebol) e na Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), as mais afetadas por um dos dois escândalos de corrupção que explodiram.
Os sete dirigentes da Fifa detidos há dois dias em Zurique e que são requeridos pela Justiça dos Estados Unidos por graves acusações de corrupção, fazem parte dos dois blocos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. EFE
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