Fifa mantém Rússia e Catar como sedes de Copas mesmo com investigação

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 10h06
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EFE Joseph Blatter

A Fifa decidiu manter nesta quarta-feira Rússia e Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, mas admitiu ter pedido ao Ministério Público da Suíça que investigasse a eleição dos dois países para receber os torneios.

“Os Mundiais acontecerão na Rússia e Catar. Isso é um fato hoje. Não podemos especular sobre o que acontecerá amanhã ou depois de amanhã. Isto é o que posso dizer agora”, disse o diretor de comunicações da entidade, Walter De Gregorio.

Hoje, promotores suíços recolheram nesta quarta-feira documentos e dados eletrônicos na sede principal da Fifa, em Zurique, segundo confirmou a entidade em comunicado, como parte da abertura de processo criminal por suspeitas na escolha das sedes. Segundo a entidade que rege o futebol mundial, este é apenas um passo no processo.

“O que esperam de nós? Que comecemos a especular sobre o assunto”, retrucou De Gregorio, diante de várias perguntas sobre uma medida definitiva.

Documentos e dados eletrônicos foram entregues aos servidores, mas a ação não tem relação com a prisão de sete dirigentes acusados de participação em esquema de corupção, entre eles José Maria Marin, deflagradas a pedido da promotoria de Nova York, nos Estados Unidos.

 

A própria Fifa que solicitou a investigação sobre o processo de eleição das sedes dos dois próximos mundiais. O procedimento foi aberto em março de 2015, a partir de denúncia feita cinco meses antes, pela entidade, por isso, está dirigindo contra “desconhecidos”.

A promotoria suíça indica que “existem suspeitas de lavagem de dinheiro através de relações bancárias na Suíça”, relacionadas ao caso, e que as operações buscam indícios de “gestão desleal”.

“Os documentos apreendidos hoje e os dados bancários obtidos servirão tanto no processo penal suíço como nos processos no exterior”, aponta comunicado do órgão.

Nesta madrugada, a polícia de Zurique prendeu sete dirigentes, entre eles, José Maria Marin, acusados de corrupção. Os dois processos são diferentes, mas acontecem no início do Congresso da Fifa, que elegerá o próximo presidente da entidade. 

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