Figo propõe Copa do Mundo “com 40 ou 48 países”

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2015 16h11

Londres, 19 fev (EFE).- O ex-jogador Luis Figo, candidato à presidência da Fifa, propôs nesta quinta-feira em Londres, em entrevista coletiva de sua campanha, ampliar os participantes da Copa do Mundo para “40 ou 48 países”.

“É preciso ampliar o torneio de 32 para 40 ou até 48 nações, o que faria com que a competição aumentasse em apenas três ou quatro dias e abriria o Mundial a mais países”, disse Figo no estádio de Wembley.

“Haverá várias propostas em relação à Copa do Mundo: deixá-la como está, com 32 seleções; ampliá-la a 40, divididas em oito grupos de cinco equipes; ou chegar até 48 nações, jogando em dois continentes diferentes, dois torneios simultâneos de 24 países, que se juntariam para a segunda fase”, explicou o português.

O ex-jogador de Real Madrid e Barcelona, entre outras equipes, lançou nesta quinta-feira seu manifesto de campanha, no qual detalhou seus planos para “restaurar a credibilidade e reconstruir a confiança” na Fifa.

“O futebol me deu muito na vida, e este é o momento de devolver algo. Todos vimos como a imagem da Fifa se deteriorou nos últimos anos, e muitos jogadores me disseram que é necessário uma mudança. Quero restaurar a credibilidade e reconstruir a confiança, é algo vital”, indicou.

“Durante a Copa do Mundo do Brasil, vi as manifestações contra a organização, e foi aí quando me dei conta de que a imagem que a Fifa está passando não é a adequada”, acrescentou.

Figo, que conta com o apoio das federações de Portugal, Dinamarca, Luxemburgo, Polônia, Macedônia e Montenegro, destacou a “transparência” como uma das bases de sua candidatura.

“Cresci em um bairro operário de Lisboa e, graças ao futebol, sou independente. Sou um candidato independente, mas global. Não devo nada a ninguém, e por isso posso ser um presidente que busque o bem do futebol”, afirmou.

“Se me perguntam como financio minha candidatura, também podem perguntar o mesmo a Blatter. A transparência é muito importante, sobretudo quando há suspeitas de corrupção. Proponho uma mudança nas estruturas, que exista uma maior consulta com os membros associativos”, acrescentou.

Figo é um dos quatro candidatos a presidir a Fifa junto com o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo, e o presidente da Federação Holandesa, Michel van Praag.

“Respeito Blatter e os demais candidatos. Ele fez coisas positivas, mas chegou o momento de uma nova era, de uma mudança. O príncipe Ali é uma grande pessoa, com muito boas ideias, e que sabe como funciona a organização. Van Praag tem todo o meu respeito”, acrescentou. EFE

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