“Fiz tudo o que tinha que fazer e me aposentarei aos 31 anos”, diz Bolt

Usain Bolt conquistou três medalhas olímpicas

O jamaicano Usain Bolt, tricampeão olímpico três vezes seguidas, afirmou que não se arrepende de ter tomado a decisão de se aposentar em 2017 porque já fez “tudo o que tinha que fazer” e considera positivo encerrar a carreira aos 31 anos.

“Fiz tudo o que tinha que fazer e terminarei minha carreira com 31 anos, o que é bom. Em Londres, disputarei meu último Mundial”, disse o velocista na entrevista coletiva concedida em Monte Carlo poucas horas antes de possivelmente ser eleito o melhor atleta mundial do ano pela sexta vez na carreira.

Para Bolt, ser finalista do troféu anualmente entregue pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) significa que “o trabalho duro deu frutos”.

“Se eu vencer, para mim será tão importante como a primeira vez”, disse o atleta, em referência o ano de 2008, quando ganhou o prêmio após conquistar as três primeiras medalhas de ouro olímpicas, em Pequim.

O velocista jamaicano avalia que grande parte do sucesso obtido ao longo da carreira consistiu em sua forma positiva de lidar com o trabalho.

“Trato de me cercar de gente positiva. É nesse ambiente que surge a minha forma de ser e as pessoas gostam”, comentou.

Bolt teve dificuldades para se lembrar da última vez que perdeu uma corrida, mas acertou: “Foi em junho de 2013, contra Justin Gatlin no Golden Gala de Roma”.

Perguntado sobre que pensa em fazer quando se aposentar, o jamaicano foi taxativo: “nada”. Bolt não tem nenhuma dúvida de ter agido corretamente ao escolher o momento da aposentadoria.

“Quando você se aposenta é preciso ter certeza, e eu tenho. O de Londres será o meu último Mundial”, ressaltou.

Bolt se mostrou a favor de mudanças no atletismo “para torná-lo mais transparente”, em alusão às reformas que serão estudadas e votadas neste sábado no Congresso Extraordinário da IAAF, em Monte Carlo.