“Futebol está muito cheio de não me toque”, diz Marcelinho Carioca

  • Por Ana Cichon/ Jovem Pan
  • 25/03/2014 11h49
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Ídolo do Corinthians e torcedor assumido do clube paulista, Marcelinho Carioca deixou o futebol em 2010, mas continua sendo uma referência. Ele ficou em listas de melhores jogadores que já vestiram a camisa alvinegra e também como um dos melhores batedores de falta do país.

Em entrevista exclusiva ao Jovem Pan Online, Marcelinho não quis entrar em polêmicas de comparações, nem sobre cobradores de falta nem sobre o novo meia corintiano, Jadson.

“Não gosto de falar de mim, mas contra fatos não há argumentos. Quando eu jogava era muito aplicado, dedicado, para ter a melhor cobrança e a execução perfeita para fazer os gols. Com o Jadson também, não tem comparação porque não jogo mais, é até inapropriada. Ele é menino e nós já estamos velhinhos”.

Ainda assim, não negou elogios ao jogador, e até agradeceu pela chegada. “Ele tem características diferentes da minha, chegou em momento bom, acabou com a dúvida que tinha no meio campo do Corinthians e mostrou bom futebol, o que é bom para a gente”.  

Sobre a fase do Corinthians, que ficará um mês parado, até a estreia no Paulistão, o ex-camisa 7 pediu paciência a torcida, e garantiu que confia em Mano Menezes e na diretoria.

“É um momento de reestruturação do clube. Existe gestão inteligente, que sabe tomar decisões. Mano mostrou que conhece o sistema de trabalho e tenho certeza que dando tempo ele vai repetir o feito que o consagrou e levou para Seleção em 2008 e 2009”. Se tirar o Tite foi bom ou não, Marcelinho desconversou: “Dar palpite na casa do vizinho é complicado. Posso falar como torcedor que na vida sempre tem mudanças e a gente sempre muda para o bem da instituição. Se vai dar certo ou não, só o tempo irá dizer”.

Envolvido em algumas polêmicas na época de jogador, Marcelinho criticou o futebol atual: “Tá muito não me toque, atletas e comissão técnica estão muito blindados”. Para ele, as pessoas têm direito e liberdade de expressão para manifestarem os pensamentos, mas também é necessário estar atento à veracidade, para não atingir o adversário. “Polêmica é bom para dar audiência e vender jornal”.

Envolvido com a política depois de abandonar o futebol, Marcelinho pede por um legado na Copa do Mundo. “Não concordo com muitas cosias. O superfaturamento dos estádios não é bom, poderia investir em educação, transporte, segurança e educação, e até no entorno dos estádios, que não terão a expansão necessária”.

Apesar das críticas, vê a visibilidade como Brasil terá como algo positivo. O favorito? “Brasil, por jogar em casa, com apoio da torcida”.

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