Além de Rodrigo Caetano, Flamengo também demite Carpegiani

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/03/2018 17h54
Divulgação/Gilvan de Souza/Flamengo Paulo César Carpegiani comandou o Flamengo em 17 partidas na temporada 2018 e deixa a equipe com 64,7% de aproveitamento

Um dia depois de o Flamengo ser derrotado por 1 a 0 pelo Botafogo e dar adeus ao Campeonato Carioca nas semifinais, a diretoria do clube resolveu agir rápido e promover mudanças radicais nesta quinta-feira. O clube anunciou as demissões do técnico Paulo César Carpegiani e do diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano, que acabaram pagando o preço pela inesperada eliminação sofrida no clássico realizado na noite de quarta, no Maracanã.

O treinador deixa o cargo após apenas 17 jogos no comando da equipe rubro-negra, que ele havia assumido no início de janeiro, quando substituiu o colombiano Reinado Rueda, então contratado como novo técnico da seleção chilena.

Neste curto período de tempo, Carpegiani, de 69 anos, contabilizou 11 vitórias, três derrotas e três empates, um aproveitamento de 64,7%. Este foi, por sinal, o fim da terceira passagem do técnico pelo comando da equipe flamenguista.

A primeira delas foi gloriosa, pois, pouco após encerrar a sua carreira como jogador, conduzia o time às conquistas dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes de 1981, ano em que também foi campeão carioca. Em seguida, em 1982, faturou o título do Campeonato Brasileirão que anteriormente ganhara como jogador do time em 1980.

Depois desta fase de ouro e a sua saída em 1983, ele assumiria novamente o Flamengo como técnico em 2000, quando não teve nem sombra do sucesso anterior e durou apenas 22 jogos no cargo. Ou seja, apenas cinco partidas a mais do que nesta passagem finalizada nesta quinta-feira.

Rodrigo Caetano, por sua vez, acabou demitido após três anos como diretor. Ele foi contratado no fim de 2014 e começou a prestar serviço ao clube no início de 2015, após ter trabalhado como dirigente no Vasco e no Fluminense.

Por meio de nota publicada em seu site oficial, o Flamengo anunciou que a demissão de Caetano “foi tomada em comum acordo com a diretoria na tarde desta quinta-feira” e pontuou alguns méritos de sua gestão, mas ao mesmo tempo lembrou que neste período o time conquistou apenas um título, e de um Estadual, no ano passado, quando também amargou dois vice-campeonatos de competições mais importantes.

“O dirigente chegou ao Rubro-Negro no final de 2014 com a missão de consolidar o processo de profissionalização do departamento de futebol e foi importante na modernização do Centro de Treinamento George Helal, no aprimoramento da governança e na integração com as divisões de base. Rodrigo Caetano foi campeão carioca invicto em 2017, vice-campeão da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana no mesmo ano”, completou o comunicado, que depois encerrou: “O Flamengo agradece o trabalho de Rodrigo Caetano e deseja sucesso ao profissional na sequência da carreira”.

Poucos minutos após oficializar a saída do dirigente, o Flamengo divulgou outra nota, bem sucinta, na qual também confirmou a demissão do treinador sem nenhuma justificativa para esta decisão.

“O Flamengo informa que Paulo César Carpegiani não é mais técnico do Flamengo. O treinador deixa o clube acompanhado de seu auxiliar-técnico, Rodrigo Carpegiani. Ex-atleta do clube e técnico campeão do mundo em 1981, Carpegiani chegou ao Flamengo para sua terceira passagem como treinador em janeiro de 2018. O Flamengo agradece o empenho dos profissionais e deseja sucesso a ambos na sequência de suas carreiras”, destacou o texto.

Agora na busca para contratar um novo comandante, o Flamengo só voltará a campo no próximo dia 14 de abril, quando estreia no Campeonato Brasileiro contra o Vitória, fora de casa.

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