Após ano complicado, Walter abandona comidas de Natal e quer perder até 7kg em um mês
O atacante Walter teve um ano agitado. Ele acumulou uma passagem ruim pelo Paysandu, um drama familiar e até um problema com a polícia. Só no final conseguiu um sucesso, subir para Série A do Brasileirão jogando pelo CSA. Disposto a deixar os problemas para trás, ele traçou um objetivo: quer esquecer as comidas tradicionais do Natal e emagrecer cerca de 7kg até o final do ano, para ter um 2019 melhor.
“Natal tem todo ano. Minha carreira é aqui, é agora. Deixo para comer muito no Natal quando tiver 37 ou 38 anos. E já comi muito também. Agora quero perder de 5 a 7 quilos até o final do ano. E perder mais 3 quilos na pré-temporada”, afirmou Walter, que atualmente está com 29 anos e pesa cerca de 100 kg.
O atacante sabe que a fama de “gordinho” lhe atrapalha: “Muitos clubes não me contratam por causa do peso. Então quero começar o próximo ano melhor. Vou fechar a boca e tenho uma estrutura legal onde moro, com sauna, piscina e academia. E vou ter ajuda da minha parceira, porque sozinho você não consegue nada”, anunciou ele, que está morando em Goiânia.
Mas Walter não sabe qual time defenderá em 2019. Ele estava apenas emprestado ao CSA, mas ainda pertence ao Porto-POR. Agora ele pretende buscar a rescisão contratual e acertar com outro clube: “Agradeço por tudo que o Porto fez, mas acho que chegou a hora de ver algo melhor. A única proposta que chegou foi do São Bento, mas não tem nada certo. Quero deixar meu caminho livre e aí vou correr atrás”. O time alagoano não mostrou interesse em continuar com ele em 2019.
Além de perder peso, Walter tenta deixar para trás outro problema: o desaparecimento do pai, que sumiu no começo do ano. “Até hoje não sei o que aconteceu. Mas acredito que notícia ruim corre depressa. Então espero que ele esteja em alguma comunidade, que não queira ver ninguém ou que tenha perdido a memória e que alguém o encontre”.
Um problema superado tem a ver com a polícia. Em agosto, ele foi acusado de ter ameaçado um funcionário da Eletrobras com uma arma de brinquedo. O atacante teve que ir até a delegacia, mas diz que tudo foi esclarecido: “Teve gente que disse que fui preso. Não fui preso. Sou ficha limpa. Tive que ir para a prisão porque ele me acusou. Eu já estava com a arma, ele foi grosso comigo e disse que eu ameacei. Mas é que ele era torcedor do CRB, eu sou do CSA, e ele quis aparecer”.
No final do ano vieram os acontecimentos positivos. Walter se recuperou de uma lesão e conseguiu uma sequência de jogos pelo CSA, que ficou em 2º lugar na Série B. O atacante conta que a expectativa do clube era outra: “Quando fui contratado, me falaram que era para o time não ser rebaixado. O pensamento era esse, mas eu não gosto. E o nosso grupo passou a pensar em coisa grande e se uniu. O grupo era muito bom, com amigos mesmo”, conta ele, que ainda elogiou muito o técnico Marcelo Cabo e também o presidente Cícero Rafael. Com ele o CSA garantiu 3 acessos seguidos, saindo da Série D para Série A diretamente.
O atacante admite que ficou devendo no CSA, mas faz um balanço positivo da passagem: “Eu podia dar mais do que dei. Só fiz 2 gols, é muito pouco. Mas o importante é que ajudei o grupo. Tem vezes que você não faz gol, mas ajuda seu time. Muitos torcedores só cobram o gol, mas às vezes o atacante não fez gol e joga bem para o grupo, como o atacante da França, o Giroud, na Copa. Tentei ajudar da melhor forma possível”.
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