Área atingida por incêndio no CT do Flamengo era ‘estacionamento’
Sem aprovação de bombeiros, a área em que ficava o alojamento do Flamengo que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira (8) estava descrita em registro como “estacionamento”, de acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro. O acidente no centro de treinamento deixou 10 mortos e três feridos, entre eles alguns jogadores do clube.
“A área de alojamento atingida pelo incêndio não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 05/04/18, como edificada”, diz o governo em nota. Isso significa que – na prática – o Flamengo não tinha autorização do município para manter as moradias naquele espaço. “No projeto protocolado, a área está descrita como estacionamento.”
A nova licença tem validade até o próximo dia 8 de março e, segundo a prefeita, “não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios”. Conforme a nota, “por determinação da legislação em vigor, a coordenação de licenciamento informa que só há inspeção neste tipo de edificação em casos de denúncia”.
O prefeitura afirma que “vai determinar a abertura de processo de investigação para apurar as responsabilidades”. O Ministério Público do Trabalho anunciou força-tarefa para apurar causas e consequências do incêndio, por meio dos núcleos de combate à exploração do trabalho da criança e do adolescente e de defesa do meio ambiente de trabalho.
Sem aprovação de bombeiros
Centro de treinamento flamenguista, o Ninho do Urubu não estava com a documentação regularizada junto ao Corpo de Bombeiros. De acordo com a corporação, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), que atesta se a instalação está ou não de acordo com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.
A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro, que ressaltou, entretanto, que isso não significa que o CT não fosse seguro. “Importante esclarecer que a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado” pelos bombeiros, ressaltou a corporação.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil
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