Audiência com famílias de vítimas de incêndio e Flamengo termina sem acordo
Foi realizada na tarde desta quinta-feira (21) a primeira audiência de mediação entre as famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, e representantes do clube rubro-negro. Depois de algumas horas de negociação, as partes não definiram o valor das indenizações e o acordo não foi fechado.
Para o desembargador Cesar Cury, que mediou o encontro desta quinta por presidir o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, as indenizações não devem ser tabeladas: “Talvez o melhor seja que cada família encontre um valor que lhe atenda, para que amanhã não gere uma frustração”.
“É uma situação bastante difícil, muito complexa e sem precedentes. Chegar a uma conclusão é um trabalho difícil. Um processo judicial tende a ser muito demorado e pode frustrar qualquer reparação para as famílias das vítimas, além de penalizar os demais participantes”, disse o desembargador. “Pelo que vi até agora, todas as colocações foram muito pertinentes e há grandes chances de esse processo se encerrar rapidamente”, continuou.
A expectativa do desembargador é de que os acordos sejam firmados em até dois meses, evitando assim que o caso seja levado aos tribunais, que pode se estender por anos.
Em uma negociação anterior, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho, pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público do Estado do Rio, o Flamengo ofereceu entre R$ 300 mil e R$ 400 mil para cada família das vítimas fatais do incêndio, além de um salário mínimo por mês ao longo de dez anos. No entanto, o valor foi considerado insuficiente.
O Ministério Público do Estado propôs R$ 2 milhões por família e o pagamento de R$ 10 mil mensais até que cada vítima completasse 45 anos. Essa negociação foi encerrada sem acordo, na última terça.
Com informações de Agência Estado
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