Banido do futebol, presidente do Olimpia-PAR se diz ‘injustiçado’

Marco Trovato afirma que punição é uma perseguição ao clube, um dos mais tradicionais do país

  • 28/09/2020 18h35
Divulgação Marco Trovato é presidente do Olimpia-PAR desde 2014

Banido do futebol pela Fifa por manipulação de resultados em 2018 e 2019, o presidente do Olimpia, do Paraguai, Marco Trovato, afirmou estar sendo vítima de um “julgamento político”. Ele anunciou que apelará da decisão junto à Corte Arbitral do Esporte. “Para que todos nós possamos entender: foi um julgamento político, em que nenhuma das provas apresentadas, nenhuma das alegações que apresentamos para rechaçar que fazíamos parte de algo que era totalmente descabido”, declarou Trovato por videoconferência.

O dirigente afirmou que entrará com recurso dentro dos dez dias de prazo na Fifa e na CAS por considerar que a punição é uma forma de atacar o time, clube de maior tradição no Paraguai, que já venceu a Libertadores três vezes. A punição do Comitê Disciplinar da Fifa leva em conta também uma suposta falta de cooperação durante o processo, além de uma multa de 100 mil francos-suíços (R$ 610 mil). O banimento decorre de uma investigação de resultados nos anos em que o Olímpia venceu o Torneio Abertura e o Clausura. Em novembro do ano passado, a imprensa do país ligou Trivado à Apostala, uma empresa de apostas esportivas, gerando um tenso confronto entre o dirigente e a federação de futebol local, a APF.

Segundo Trovato, a APF recebeu uma queixa contra ele em 7 de janeiro, de alguém que, segundo ele, não está ligado ao futebol, identificado apenas pelo sobrenome Troche, e que no dia seguinte se transferiu para a Fifa. Ele declarou ainda que a suspensão foi baseada no conteúdo de mensagens de texto que estariam deturpadas para prejudicá-lo e “sujar a imagem do clube”. Além disso, denunciou que Troche teria sido processado por roubo e apropriação indébita.

Pouco antes do depoimento do dirigente, que está à frente do Olimpia desde 2014, o presidente da APF, Robert Harrison, afirmou que a punição é um golpe muito forte para o futebol paraguaio. O caso chega à tona três dias antes do duelo entre a equipe e o Santos, em Assunção, pela quinta rodada do Grupo G da Libertadores. O Olimpia é o terceiro colocado, com cinco pontos, atrás do próprio alvinegro, que tem dez, e do Defensa y Justicia, que soma seis.

* Com EFE

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