Onde estão os “heróis improváveis” que deram a Copa do Brasil ao Palmeiras em 2012?
A Copa do Brasil de 2012, único título da segunda passagem de Luiz Felipe Scolari no Palmeiras, completa cinco anos nesta terça-feira (11). Marcada pela atuação de heróis improváveis, essa conquista é lembrada com carinho pelos torcedores com o apelido de “Betinho Day”. Isso porque o atacante Betinho, que teve apenas dois gols em sua passagem pelo Alviverde, foi o responsável pelo gol do título.
Em sua campanha até a taça, o Palmeiras enfrentou o Coruripe, de Alagoas, e o Horizonte, do Ceará, nas fases preliminares. Depois das oitavas, o caminho alviverde passou apenas pelo sul do País, com vitórias sobre o Paraná, Atlético Paranaense, Grêmio e, finalmente, o Coritiba.
Na partida de ida, na Arena Barueri, a bola parada, que era uma arma do Palmeiras na época, deixou o time em vantagem: Valdivia abriu o placar de pênalti, e Thiago Heleno aproveitou uma falta cobrada por Marcos Assunção para ampliar.
No segundo jogo, em Curitiba, foi a vez de Betinho receber o cruzamento de Assunção e se tornar o grande personagem do bicampeonato na Copa do Brasil. O atacante, hoje no Cuiabá, se tornou símbolo desta conquista, mas também protagonizou o segundo rebaixamento do Palmeiras à Série B do Brasileirão, no mesmo ano.
No aniversário de cinco anos da conquista da Copa do Brasil, a Jovem Pan mostra por onde andam os onze titulares que entraram em campo e ergueram a taça no Couto Pereira, em 11 de julho de 2012. Alguns ainda estão na elite do futebol brasileiro, como é o caso de Thiago Heleno e Márcio Araújo, já outros até já penduraram as chuteiras, como Marcos Assunção. Confira a lista:
Bruno – goleiro
Responsável por assumir o lugar de Marcos, que se aposentou naquele mesmo ano, Bruno salvou o Palmeiras no jogo de ida e foi eleito o melhor goleiro da competição. Foi para a reserva após a chegada de Fernando Prass e chegou a ser emprestado ao Santa Cruz em 2015. Desde o ano passado defende o gol do Fort Lauderdale Strikers, time de Ronaldo na NASL, a segunda liga mais importante dos Estados Unidos.
Artur – Lateral direito
Um dos amarelados na decisão, Artur, que pertencia ao São Caetano, voltou ao seu clube após o rebaixamento do Palmeiras. Chegou a atuar no Figueirense e precisou interromper a carreira por alguns meses para cuidar da esposa, vítima de uma febre reumática. Hoje com 32 anos, atua pelo Vitória da Conquista, da Bahia.
Maurício Ramos – Zagueiro
O beque de 32 anos atua pelo Adanaspor, da Turquia, e foi recentemente sondado pelo Cruzeiro para a sequência do Campeonato Brasileiro. Chegou a disputar alguns jogos na Série B, mas logo foi vendido ao Al Shrajah, dos Emirados Árabes Unidos, onde jogou até o ano passado.
Thiago Heleno – Zagueiro
Um dos poucos que ainda joga na Série A do Brasileirão. Deixou o Palmeiras logo após o rebaixamento e passou por Criciúma e Figueirense antes de chegar ao Atlético-PR, onde atua desde 2016.
Juninho – Lateral esquerdo
O lateral foi um dos poucos que continuou no time na Série B e no time de 2014. Após mais de 150 partidas pelo clube, Juninho voltou ao Figueirense, onde foi revelado, e depois foi emprestado ao Goiás. Hoje atua pelo Aktobe, time do Cazaquistão.
Henrique – Zagueiro
Atuando com febre e como volante na decisão, Henrique era um dos jogadores favoritos de Felipão, tanto que foi convocado pelo treinador para a Copa do Mundo de 2014. Deixou o Palmeiras após a conquista da Série B e foi para a Napoli. Atuou na Itália até o final de 2015 e se transferiu para o Fluminense, onde é titular até hoje.
Marcos Assunção – Volante
“Rei das bolas paradas”, com 23 gols de falta apenas em sua passagem de dois anos pelo Palmeiras, Marcos Assunção aposentou-se do futebol no ano passado, aos 39 anos. Antes disso, ele passou por Santos, Figueirense, Lusa, Criciúma e Sampaio Correia.
João Vitor – Volante
Volante que chegou a ser agredido por torcedores organizados meses antes da conquista da Copa do Brasil, João Vitor deixou o Palmeiras após o rebaixamento em 2012. Passou por Criciúma, Gaziantepspor (Turquia) e Figueirense antes de chegar à Ponte Preta, time por onde atua desde o ano passado.
Daniel Carvalho – Meia
Também dispensado do time após a queda para a Série B, Daniel Carvalho passou por Criciúma, Botafogo e Goiás. Aos 34 anos, estava jogando no Pelotas, time que disputou a divisão de acesso do Campeonato Gaúcho.
Mazinho – Atacante
O “Black Messi” faz parte de uma extensa lista de jogadores que ainda tem contrato com o Palmeiras. Sem jogar pelo time desde 2014, o atacante joga a Série B do Brasileiro pelo Oeste. Mas, antes disso, já passou por Coritiba e Santa Cruz e ainda passou o ano de 2013 no Vissel Kobe, do Japão.
Betinho – Atacante
O grande responsável pelo gol do título do Palmeiras marcou apenas mais uma vez com a camisa alviverde, em um jogo contra o Bahia, durante a luta contra a queda. Passou por times tradicionais como o Santa Cruz e o Paysandu e hoje está no Cuiabá, que disputa a Série C do Brasileiro e foi campeão mato-grossense justamente graças a um gol de Betinho.
Reservas ilustres
O Palmeiras não pode contar com seus dois principais jogadores na decisão. Barcos, que deixou o clube no começo de 2013 por não querer disputar a Série B, foi operado de uma apendicite no dia da partida de ida. Já Valdivia, que demonstrou interesse em voltar ao time agora em 2017, levou cartão vermelho no primeiro jogo e ficou fora da decisão. Confira a lista de reservas e onde estão atualmente:
- Valdivia – Colo-Colo (Chile)
- Hernán Barcos – LDU (Equador)
- Wesley – São Paulo
- Maikon Leite – Bahia
- Luan – América-MG
- Deola – Taboão da Serra
- Cicinho – Santo André
- Leandro Amaro – Oeste
- Fernandinho – Ponte Preta
- Márcio Araújo – Flamengo
- Patrick – Água Santa
- Felipe – Sanfrecce Hiroshima (Japão)
- Vinicius – Adanaspor (Turquia)
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