Campeão da Série C, goleiro que viralizou se inspira em Marcos e mira Série A: ‘Quero chegar e ficar’

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2018 14h33
José Tramontin/OFEC O goleiro Simão fez cinco defesas impressionantes na vitória do Operário-PR por 1 a 0 sobre o Cuiabá na finalíssima da Série C

Autor de cinco defesaças na final da Série C, o goleiro Simão, do Operário-PR, sonha alto. Dez dias depois de fazer milagres contra o Cuiabá e ver as suas intervenções viralizarem nas redes sociais, o “São Simão”, como vem sendo chamado, concedeu entrevista exclusiva ao repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan, e abriu o jogo. Revelou se inspirar em Marcos e Fábio e contou que tem o objetivo de se firmar com um arqueiro de Série A o quanto antes.

“O futebol é difícil, principalmente o do interior. Vim para o Operário em 2016 para tentar mudar a história do clube. O clube não tinha nem série, mas tinha um projeto legal. Conseguimos conquistar tudo o que disputamos desde então e colocamos o time na Série B. O momento, agora, é de olhar para frente. Eu tenho o objetivo de chegar à Série A e jogar. Quero chegar para ficar. Pretendo me manter em um clube, ser titular e dar sequência. Esse é o meu objetivo”, afirmou.

Sobre as defesas absurdas que lhe deram fama repentina na internet, Simão esbanjou humildade. Admitiu que estava em “um dia iluminado”, é verdade, mas disse que não esperava que elas tomassem tamanha dimensão.

“No jogo, eu nem pensava em nada disso, porque a gente está em campo, na adrenalina, e só tenta ajudar o time. Na hora, parecia que tinham sido defesas normais, mas, depois que você vê o que aconteceu, a maneira como o vídeo viralizou, você fica meio abismado, porque o vídeo rodou o Brasil. Não tinha noção da dimensão que esse vídeo tomaria”, explicou.

As inspirações do goleiro de 25 anos não são segredo para ninguém. “O Marcos é um goleiro que eu sempre vi jogar, gostava muito da maneira como ele atuava. E, hoje, no Brasil, o Fábio é, para mim, o melhor goleiro. Eu tento pegar um pouco da característica de cada um e colocar nos meus treinamentos, para sempre evoluir”, revelou.

O apelido de “São Simão”, no entanto, não deslumbra o arqueiro que, com os pés no chão, só pensa em aproveitar o melhor momento da carreira para progredir. “A torcida gosta desse apelido. Eu, particularmente, fico mais na minha. Gosto, acho bacana, mas traz uma responsabilidade muito grande. Eu deixo isso para o torcedor. Eu sei o quanto um goleiro precisa trabalhar, porque ele pode ir do céu ao inferno em poucos minutos. Então, tenho consciência de que não posso parar”, finalizou.

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