Cartola espanhol é condenado a quatro anos de prisão por corrupção em escolinha montada em Indaiatuba

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2020 20h37
EFE/Pedro Puente Hoyos/Archivo Penía foi condenado a quatro anos de prisão

O Tribunal de Justiça de Cantábria, província da Espanha, condenou o ex-presidente do Racing Santander a quatro anos de prisão por crimes relacionados à gestão de uma escolinha de futebol que o clube montou no Brasil

A Justiça considerou o espanhol culpado pelos crimes de apropriação indébita e administração desleal, dos quais ele também terá que pagar uma multa no valor de 3,6 mil euros. Iñaki Urquijo e Juan Vergara, os sócios da empresa parceira do Racing no projeto também foram condenados, e além de responder por apropriação indébita e serem condenados a um ano e seis meses de prisão, pagarão cerca de 840 euros cada, além dos custos processuais.

O Racing Santander, a associação de ex-jogadores do clube e alguns acionistas minoritários foram os responsáveis pela ação, que ainda cabe recurso.

O caso

Em 2007, um ano após assumir a presidência do clube, o dirigente fechou uma parceria com a Sport Rent Consulting, empresa de Vergara e Urquijo, para a criação da escola de futebol Racing Primavera em Indaiatuba, interior de São Paulo, região de Campinas. O objetivo era formar jovens jogadores em associação com clubes que disputam a série A3 do CAmpeonato Paulista.

O projeto não tinha aprovação do Conselho De Administração do Racing, nem um investimento orçado. Segundo o tribunal, a unica documentação que o cartola tinha em mãos eram comprovantes de “transferências feitas para pagar seus custos”, no valor de 950 mil euros, entre as temporadas 2008 e 2010-2011, todas feitas pelo “Sr. Pernía”.

“Houve uma atividade criminosa ordenada e orquestrada de apropriação de dinheiro e de operações relacionadas com administração desleal, na medida em que envolveu uma gestão desleal do patrimônio do clube e, conscientemente, causou um prejuízo econômico derivado do uso abusivo e injustificado de recursos sociais”, concluiu a corte.

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