CBF procura aval de sociedade médica para liberar volta do futebol

Reprodução CBF quer unificar condutas para o país inteiro no período pós-pandemia

A CBF entrou em contato com uma sociedade médica científica para elaborar um protocolo de cuidados para conseguir promover a volta dos trabalhos no futebol. A ideia é garantir que os times retornem aos treinamentos nas próximas semanas.

O objetivo da entidade é criar um guia extremamente minucioso de informações sobre distanciamento social, formato de treinamentos, procedimentos de convívio, regras para alojamentos e cuidados com viagens. A partir desse material as equipes devem começar a promover a volta das atividades. O intuito é conseguir a liberação médica para voltar ao trabalho ainda neste mês.

Os custos da consultoria serão bancados pela CBF, que quer ser rigorosa na cartilha de cuidados. Toda redação terá os princípios norteados pela metodologia de cuidados contra pandemia já existente na literatura médica, em especial estudos científicos. A entidade não quer ter pressa para concluir o trabalho, mas deseja um que o resultado seja capaz de reunir um conteúdo completo mesmo para as diferentes condições geográficas e socioeconômicas do Brasil.

O trabalho contará com a participação do Ministério da Saúde, do Corpo Médico da Fifa e de secretarias estaduais de saúde. O material deve ser produzido por médicos brasileiros com experiência no combate à pandemia, com atuação em grandes hospitais e currículo relevante na área acadêmica. A tendência é que os médicos de clubes não participem da elaboração do documento.

A iniciativa da CBF procura unificar a preocupação dos clubes e federações estaduais sobre o retorno pós-pandemia. Em vez de iniciativas espalhadas pelo país, a entidade procura conduzir o trabalho de forma técnica e cuidadosa, para conseguir o aval médico de forma científica e responsável, e livre de possíveis pressões econômicas.

Recentemente, a Federação Catarinense de Futebol chegou a redigir um guia de 27 páginas para propor a retomada do Estadual em 16 de maio. O material foi entregue ao governador Carlos Moisés, que recusou autorizar o retorno dos times.

* Com Estadão Conteúdo