Chapecoense vence no fim, vai à Libertadores e rebaixa o Coritiba para a Série B

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/12/2017 20h23 - Atualizado em 03/12/2017 21h14
TARLA WOLSKI / FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO Com o nono lugar, Chapecoense vai para o seu quinto ano consecutivo na Série A e pela segunda vez à Libertadores

Em um jogo especial e emocionante para a Chapecoense, marcando um ano do trágico acidente aéreo na Colômbia que vitimou 71 pessoas, o time catarinense venceu de virada o Coritiba por 2 a 1, neste domingo, na Arena Condá, em Chapecó (SC), e encerrou o Campeonato Brasileiro na oitava colocação, com 54 pontos.

Assim, no ano em que precisou se reconstruir após a tragédia, a Chapecoense assegurou a sua classificação à fase preliminar da Copa Libertadores. Há 10 jogos sem perder, o time catarinense ainda fez a melhor campanha em sua história do Brasileirão.

Contrastando com a comemoração da Chapecoense, houve muita tristeza do lado paranaense. Com sua terceira derrota seguida, o Coritiba foi rebaixado para a Série B. Ficou em 17.º com 43 pontos, igual ao Vitória, que perdeu neste domingo para o Flamengo, por 2 a 1, em Salvador, mas que se salvou pelo saldo de gols: -8 a -9.

Depois de lutar nas últimas seis temporadas contra o rebaixamento, desta vez o Coritiba não conseguiu evitar o retorno à Série B. É a terceira vez que o time cai na era dos pontos corridos – desceu também em 2005 e em 2009.

A emoção dominou os jogadores da Chapecoense logo na chegada ao estádio, quando viram o túnel repleto de imagens do grupo que se acidentou na Colômbia. “Tomara que a gente feche a temporada com chave de ouro”, comentou o técnico Gilson Kleina, que vestiu uma camisa com o nome do ex-técnico Caio Júnior, morto em Medellín.

Na entrada em campo, alguns mascotes eram filhos de vítimas do acidente aéreo, que nesta semana completou um ano. O radialista Rafael Henzel, um dos sobreviventes, usou uma camisa com os nomes de todos os jogadores mortos.

Mas nem bem o jogo começou e Gilson Kleina reclamou que o seu time estava sonolento. Apesar de Reinaldo exigir boa defesa de Wilson, em falta cobrada aos seis minutos, o Coritiba iniciou melhor e abriu o placar aos 13: o atacante Kléber recebeu na frente da área, levantou a cabeça e bateu de perna esquerda. A bola entrou no ângulo.

Embora tivesse maior volume de jogo, a Chapecoense finalizava de longe ou tentava levantamentos na área. Ainda assim, empatou. Elicarlos, da intermediária e perto da linha lateral pela direita, tentou cruzar, mas a bola ganhou efeito e encobriu o goleiro Wilson. Ele ainda viu a bola tocar na trave antes de entrar aos 37 minutos.

E, no último lance do primeiro tempo, quase saiu a virada. Canteros lançou e João Pedro, já na linha de fundo, cruzou para a pequena área. Léo apareceu e aliviou quando Artur Caíke iria completar para as redes.

O Coritiba voltou para o segundo tempo com Iago no lugar de Daniel e passou a se desesperar quando soube que o Sport tinha aberto o placar contra o Corinthians, resultado que o rebaixaria Rapidamente o desespero tomou conta do banco de reservas paranaense.

A Chapecoense aproveitou e fez pressão no ataque. Criou três chances seguidas. Aos 25 minutos, após escanteio de Reinaldo, Wilson espalmou no alto. Em seguida, houve desvio na área e o atacante Kléber apareceu para salvar o gol. No minuto seguinte, em outro escanteio, o goleiro paranaense saltou e deu um tapa para aliviar.

Nem a entrada de Keirrison no lugar de Rildo melhorou o poder ofensivo do Coritiba. Aos poucos já se percebia a aflição dos jogadores, dentro e fora de campo. Aos 46 minutos, Apodi arriscou e a bola explodiu no travessão. E, já aos 49, Canteros lançou e Apodi, pressionado por Wilson, deu um toque de leve para Túlio de Melo cabecear para as redes e garantir a Chapecoense na fase preliminar da Libertadores.

 

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