Colômbia apresenta relatório com informações graves sobre tragédia da Chapecoense
A Aeronáutica Civil da Colômbia apresentou, nesta sexta-feira (27), um relatório com informações sobre tragédia aérea que matou jogadores e comissão técnica da Chapecoense em novembro de 2016.
A grande novidade do relatório é que, 40 minutos de cair, o avião já estava em estado de emergência, com indicações luminosas e avisos sonoros na cabine de comando. Os passageiros, porém, não foram comunicados de nada. E a tripulação não tomou qualquer atitude.
Além disso, o relatório também apresentou mais informações que já eram esperadas e que deixam claro como houve irresponsabilidade por parte dos pilotos e da Lamia: não havia combustível suficiente para o voo até Medellín, o que exigia uma escala em São Paulo, que não foi feita; e a empresa estava em situação financeira precária, o que provavelmente resultou na decisão de não reabastecer o avião.
Um relatório preliminar do voo já havia sido destacado que o piloto, Miguel Quiroga, sabia que não havia combustível suficiente. Ele teria afirmado que ia parar em Bogotá, mas partiu direto para Medellín. O avião caiu perto do aeroporto, em Rionegro, e matou 71 pessoas.
O relatório descarta a culpa do controle de tráfego aéreo da Colômbia, pois aponta que ninguém no local tinha acesso aos problemas do avião. Mas exige que haja uma melhora na fiscalização dos voos fretados.
O relatório colombiano servirá como apoio para futuras investigações e processos criminais relacionados ao acidente.
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