Com dois a menos, Palmeiras segura o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 09/09/2017 17h55 - Atualizado em 09/09/2017 18h46
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Rodney Costa / Eleven / Estadão Conteúdo Deyverson marcou o gol do Palmeiras, mas perdeu um pênalti no segundo tempo

O Palmeiras foi valente e acabou recompensado. Terminou o jogo contra o Atlético-MG com nove jogadores – jogou com 10 já desde o final da primeira etapa -, mas conseguiu segurar o empate por 1 a 1, neste sábado (9), no estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida foi marcada também pelos pênaltis. Três foram assinalados e dois desperdiçados – os goleiros Fernando Prass e Victor defenderam um cada.

O primeiro tempo foi marcado pela intensidade. As duas equipes, dentro de suas características, procuraram jogar com velocidade, seja na troca de bola seja em passes em profundidade. A marcação também foi acirrada. A dos atleticanos mais adiantada, a do Palmeiras um pouco mais retraída.

O time paulista, na realidade, foi “obrigado” pelo Atlético a jogar em seu campo. Depois dos primeiros minutos em que o Palmeiras conseguiu articular boas jogadas, mas sem conseguir finalizar – aos 3 os palmeirenses reclamaram um pênalti em um lance em que Willian tentou o chute e a bola bateu no braço do atleticano Luan, que não estava colado ao corpo -, os mineiros pressionaram e forçaram os visitantes a recuar.

Luan, que havia acertado a trave de Fernando Prass aos sete minutos, teve outra boa chance aos 21. Bateu na entrada da área e o goleiro espalmou. Na sequência, Willian falhou ao tentar tirar a bola da área palmeirense, mas Fred não aproveitou, chutando por cima.

O centroavante atleticano, que entrou em campo com o incômodo jejum de seis partidas sem marcar, parecia mesmo em litígio com o gol. Aos 27 minutos, teve grande chance após o lateral-esquerdo Egídio cometer pênalti em Alex Silva. Mas cobrou mal a penalidade, no canto direito de Fernando Prass – que havia sinalizado para que ele batesse ali -, que fez bela defesa.

O Atlético continuou no ataque, mas então a máxima que diz que “quem não faz toma” mostrou-se presente no Independência. Aos 33 minutos, Moisés puxou o contra-ataque e lançou para Willian na esquerda, que tocou para Deyverson, pela esquerda da área, chutar cruzado e rasteiro para fazer 1 a 0. Detalhe: foi o primeiro chute do Palmeiras na partida.

Apesar da desvantagem, o Atlético Mineiro não se abalou e manteve a pressão. E chegou ao empate em outro pênalti. Aos 39 minutos, em uma bola alçada na área em cobrança de falta, Luan puxou Leonardo Silva pela camisa. O árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden marcou o pênalti e deu o segundo cartão amarelo, que resultou na expulsão, para Luan (recebera o primeiro por falta dura em Fred ainda no campo de defesa atleticana).

Depois de muita reclamação dos palmeirenses, que paralisou o jogo por quatro minutos, desta vez Fábio Santos cobrou. Colocou a bola no canto esquerdo de Fernando Prass, que pulou para o outro lado: 1 a 1.

O segundo tempo teve um início equilibrado, mas aos 11 minutos o Palmeiras teve chance preciosa de passar novamente à frente. O árbitro marcou o terceiro pênalti na partida quando Leonardo Silva, em uma disputa pelo alto com Juninho, colocou a mão na bola. Mas Deyverson bateu muito mal, fraco, e Victor fez a defesa em seu canto esquerdo.

Naquela altura, o jogo já havia retomado o bom ritmo do primeiro tempo. As duas equipes buscavam o gol, embora passes equivocados normalmente impediam a conclusão das jogadas. Com um jogador a mais, o técnico Rogério Micale tentou deixar o Atlético mais ofensivo primeiro trocando um volante, Adilson, por um atacante, Robinho, e depois retirando o apagado Cazares e colocando Yago, buscando ainda mais velocidade.

Do outro lado, Cuca decidiu apostar em Dudu, de volta ao time após um mês parado por contusão. O problema é que o desgaste dos jogadores de ambas equipes começou a ser notado e as defesas passaram a prevalecer com mais ênfase. Com isso, poucas chances efetivas de gol estavam sendo criadas.

Mas o descontrole de Willian aos 32 minutos, após uma forte disputa de bola com Valdívia – o palmeirense foi atingido na perna e reagiu chutando o adversário -, deixou o time paulista com nove jogadores e Cuca ao desespero. A ele não restou outra alternativa senão a de fechar o time do Palmeiras e tentar suportar a esperada pressão atleticana.

Conseguiu. O Palmeiras fez um paredão na entrada da área e não permitia ao clube de Belo Horizonte penetrar. A alternativa eram os cruzamentos para a área, situação em que a defesa paulista levava vantagem. Nas duas vezes em que os mineiros bateram de fora da área, Fernando Prass neutralizou. E o Palmeiras ainda teve uma chance de ouro aos 45 minutos, em um contra-ataque em que Mayke ficou inseguro para chutar e tocou para Moisés, que chutou fraco e facilitou a defesa de Victor.

O empate levou o Palmeiras aos 37 pontos, ainda em quarto lugar na tabela de classificação. O Atlético, com 30, é nono colocado e perde a chance de se aproximar do G6 – grupo dos clubes que garantirão vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

Na próxima rodada, a 24ª, o Palmeiras recebe no próximo dia 18, uma segunda-feira, o Coritiba, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Um dia antes o Atlético-MG vai até Florianópolis para enfrentar o Avaí.

Opinião Jovem Pan 

Para o comentarista Mauro Beting, o empate do Palmeiras, apesar de não significar melhoras em termos de tabela, pode ser comemorado pelo torcedor principalmente pelas circunstâncias em que o resultado foi alcançado.

“Nunca é fácil conseguir um empate no Horto, mesmo com o desempenho ruim do Atlético neste Brasileiro. Pelas circunstância do jogo, o Palmeiras com nove jogadores e ainda chegando com perigo no finzinho, dá para celebrar sim”, analisa Mauro.

O comentarista ainda afirmou que a partida no Independência não foi das melhores, principalmente por conta da qualidade do futebol apresentado, porém o desenrolar dos acontecimentos em campo, como os pênaltis e as expulsões, deixaram o jogo interessante: “foi muito pobre tecnicamente, mas muito emocionante”.

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