Academia, universidade, ‘cadeiras da NBA’… Corinthians mira mais arrecadação com a Arena
Entre os diversos desafios que o Corinthians tem para 2019, um deles é considerado primordial: tornar a Arena de Itaquera viável. O clube pretende acertar novas parcerias e desenvolver ações que possam aumentar a receita gerada pelo estádio. Várias iniciativas estão sendo planejadas.
Atualmente, todo o valor arrecadado com o estádio é destinado ao pagamento do financiamento. Em 2018, por exemplo, a Arena Corinthians gerou receita de R$ 60 milhões. Para a próxima temporada, a intenção é aumentar o faturamento para R$ 75 milhões – ainda que o time esteja fora da Libertadores.
Para tornar esse desejo viável, o gerente de marketing do Corinthians, Caio Campos, pretende acertar novas parcerias. “Estou quase fechando com uma montadora e com um banco”, afirmou.
Responsável por ações como as contratações de Ronaldo e Roberto Carlos, ele retornou ao clube em abril deste ano. “Fizemos coisa pra caramba em 2018”, afirmou. “Fizemos a renovação da loja Poderoso Timão da Arena que estava em litígio há três anos e retomamos a estratégia de ter parceiros por segmento: temos a Uber, de mobilidade, já tínhamos a Estrela Galícia, de bebidas, e agora no final do ano veio a IBM, de tecnologia. Reformulamos o site e criamos a TV Corinthians”, exemplificou.
Todo esse esforço contribuiu para que o Corinthians pagasse ao menos o que foi combinado com a Caixa – em abril, foi feito um novo acordo com o banco, e o clube voltou a pagar as parcelas do financiamento. O presidente Andrés Sanchez disse em fevereiro que a dívida total do estádio era de R$ 1,2 bilhão.
Cerca de R$ 450 milhões devem ser pagos até 2028 em prestações mensais de R$ 6 milhões, e Caio Campos sabe que só ganhará reconhecimento se conseguir, enfim, encontrar uma empresa para dar nome ao estádio. “Todo mundo está preocupado com patrocínio e o naming right. Essa é a preocupação principal e tem de ser mesmo. Só que também temos de mostrar que foram feitas muitas coisas. Não foi o que a gente imaginava, mas foi bom”, afirmou.
Afinal: o que será feito na Arena Corinthians?
No início de 2019, a primeira ação, e que será utilizada durante todo o ano, terá como alvo o torcedor. “Queremos mostrar que isso aqui não é só futebol. É algo a mais que vocês vão entender”, despistou Caio. Sem revelar detalhes, ele disse que o objetivo será resgatar a consciência do que é ser corintiano.
O clube também espera faturar com outras iniciativas relacionadas à Arena. A academia, inaugurada em novembro e fruto de uma parceria com o lutador Anderson Silva, deve começar a dar retorno já nos primeiros meses de 2019. Os camarotes receberão festas infantis. O quarto e quinto andares do lado Oeste devem ser alugados por uma universidade. Há ainda o projeto de construir fora do estádio uma quadra poliesportiva e uma pista de cooper, em parceria com a Nike.
No Campeonato Paulista, deve sair do papel o projeto de instalação de cadeiras em volta do gramado, algo semelhante ao que a NBA faz em seus jogos de basquete, com lugares vips ao redor da quadra. Os lugares devem ficar atrás de um dos gols e no lado oposto ao banco de reservas. Por fim, existe a ideia de fazer mais eventos dentro da Arena. Caio disse que o clube já fechou algumas datas para realização de shows.
Outra fonte de recursos para pagamento da dívida são os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento. São R$ 420 milhões via Prefeitura de São Paulo. Neste ano, o clube obteve R$ 50 milhões por meio dos CIDs, e a expectativa é de que consiga mais R$ 50 milhões em 2019.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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