‘Carrasco’ em 98, Marcelinho dá dicas para Corinthians ganhar do Cruzeiro na final de novo
Em 1998, o Corinthians fez uma final contra o Cruzeiro e conquistou o título do Campeonato Brasileiro. Agora, 20 anos depois, os times se enfrentarão na final de mais uma competição nacional, a Copa do Brasil. Resgatar as memórias daquele título é um aprendizado para o Timão. Marcelinho Carioca, que fez gol em todos jogos da final, deu entrevista à Jovem Pan e deixou algumas dicas para a equipe alvinegra.
“Os pequenos detalhes vão decidir. O Corinthians precisa ter muita atenção na primeira partida. Não pode perder o jogo lá”, avisou Marcelinho, lembrando que o jogo de ida acontecerá no Mineirão.
Isso tem tudo a ver com o que aconteceu em 98, pois o Corinthians chegou a estar perdendo por 2 a 0 em Belo Horizonte, mas conseguiu o empate por 2 a 2 após assistência e gol de Marcelinho. Por isso ele apontou que aquele foi o momento mais marcante da final.
“Se perdessemos lá, ia complicar. No Mineirão, quando o Cruzeiro fez 2 a 0, eu dei o passe para o gol do Dinei. E depois o Dinei cruzou e fiz o gol de empate”, lembrou ele, comemorando as atuações decisivas naquela final: “Fazer gols nos 3 jogos da final foi um prêmio. Fui eleito um dos melhores do Brasileirão e fui para a Seleção Brasileira”.
Mas é claro que não basta só garantir um bom resultado no jogo de ida. De acordo com Marcelinho, o Cruzeiro é perigoso também como visitante: “Precisa ter cuidado no jogo de volta. O Cruzeiro sabe jogar fora de casa. Mas o Corinthians tem uma vantagem. A torcida empurra e às vezes decide”, lembra ele, que foi campeão no Estádio do Morumbi em 1998.
Tanto em Belo Horizonte quanto em São Paulo, Marcelinho fez gols de cabeça. Com apenas 1,67m, ele explica o que fazia para ser decisivo dessa maneira: “Não é altura. É estar bem colocado. Romário não é alto e sempre fez gol de cabeça. Você tem que se antecipar e estar bem colocado. Eu não ficava para disputar na altura. Eu tomava distância, ia no impulso e antecipava”.
O que também aconteceu nos 3 jogos foram atuações decisivas de Dinei. Marcelinho lembra que brincava com o atacante: “ele só entrava quando alguém estava mal e a torcida pedia o nome dele. Aí a gente falava que ele tinha que ser titular. E ele falava ‘não aguento, tenho que jogar 25 ou 30 minutos’. E era exatamente o tempo que ele decidia”.
Por fim, Marcelinho deu uma dica motivacional para os jogadores que querem repetir as atuações dele contra o Cruzeiro: “sempre me concentrava para fazer gol na final, porque aí passa 10, 15 ou 20 anos e você está marcado no clube”. De fato Marcelinho e aquela final estão na história do Timão. Os jogadores do elenco atual tentarão repetir isso em confrontos nos dias 10 e 17 de outubro.
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