Como voo assustador pelo Corinthians faz Carille temer cada “tremidinha” de avião

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2018 09h35 - Atualizado em 13/03/2018 17h28
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Mauro Horita/Estadão Conteúdo Carille Atual campeão paulista e brasileiro, Fabio Carille é o treinador do Corinthians desde janeiro de 2017

Apesar de ter conquistado um título paulista e um brasileiro logo no primeiro ano como técnico do Corinthians, Fabio Carille não é um super-herói. Em entrevista exclusiva ao comentarista Flavio Prado, da Rádio Jovem Pan, o treinador abriu o coração e revelou que, depois de participar de um voo assustador com a delegação alvinegra, em 2015, passou a temer cada “tremidinha” de avião.

Os deslocamentos de ida e volta para Bogotá, há duas semanas, para a estreia do Corinthians na Libertadores, foram os últimos responsáveis por arrancar “suspiros” de Carille.

“Essa tal de Colômbia balança, viu? Nunca vi! Como (o avião) balança tanto para ir e voltar da Colômbia? Alguém pode me explicar?”, brincou o treinador.

Os voos de seis horas que levaram e trouxeram o Corinthians do empate por 0 a 0 com o Millonarios tiveram as suas turbulências, é verdade, mas nem se comparam ao que quase virou tragédia em 2015. Então auxiliar de Tite, Carille ficou traumatizado com a viagem de volta do Corinthians após o jogo contra o Once Caldas, dia 13 de fevereiro, pela Libertadores. Aquele voo também partiu de Bogotá.

Na ocasião, o Corinthians se deslocou em um Airbus 330 da Avianca, mas, com cerca de 40 minutos de viagem, os avisos luminosos de atar os cintos foram acionados em virtude da passagem por uma grande concentração de nuvens carregadas. A aeronave balançou demais e sofreu duas quedas bruscas que fizeram até uma aeromoça chorar.

“Uma aeromoça sentou e começou a gritar e chorar. Eu lembro que o Fernando Lázaro (analista de desempenho) olhou para mim e falou: ‘vixi… Será que é hoje?’. Foi desesperador, só dava pra rezar”, relembrou Carille.

“Eu não tinha (medo de avião), mas, depois daquele voo, qualquer tremidinha o técnico do Corinthians aqui já fica meio em pânico…”, admitiu. “E não só eu. Vários funcionários do Corinthians que também estavam naquele voo dizem isso… Foi uma coisa assustadora. Caiu comida pelo avião, o café derramou no Tite, foi desesperador. Desde então, qualquer coisa tem me assustado”, finalizou.

Ao menos, Carille não precisará pegar avião para o próximo compromisso do Corinthians na Libertadores. O time alvinegro recebe o Deportivo Lara, na próxima quarta-feira, em Itaquera, pela segunda rodada do torneio continental. Até o término da primeira fase, no entanto, o treinador terá de superar o seu medo em mais duas viagens internacionais: para a Argentina, onde enfrentará o Independiente, e para a Venezuela, país no qual jogará contra o Lara.

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