Corinthians: déficit de R$ 177 milhões se deve a perda de receitas com tv e atletas

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2020 18h07
Peter Leone/O Fotográfico/Estadão Conteúdo Andrés Sanchez, presidente do Corinthians

O Corinthians justificou o déficit de R$ 177 milhões no ano de 2019, que deve ser apontado na publicação do seu balanço financeiro. Segundo o clube, o prejuízo se refere às perdas de receitas com os direitos de transmissão dos jogos e a negociação de atletas.

O prejuízo foi quase dez vezes maior que o do ano de 2018 – R$ 18,7 milhões, mesmo que a redução das receitas não tenha sido tão expressiva – de R$ 470 para R$ 426 milhões.

A queda com a venda de jogadores foi significante. Em 2019, apenas R$ 45 milhões, comparados aos R$ 119 milhões de 2018. O clube afirma que isso se deu também pela preocupação em manter uma equipe competitiva.

“As últimas negociações relevantes de atletas ocorreram em meados de 2018. Desde então – até dezembro/2019 – apenas negociações pontuais e de menor relevância foram realizadas. Entre 2016 e 2018 a média de receitas com repasses de atletas foi de cerca de R$ 120 milhões enquanto em 2019 foi de apenas R$ 45 milhões (um terço da média). Tal resultado se deve à busca em melhorar a qualidade do elenco e obter melhores resultados esportivos bem como à demanda de mercado, notadamente o europeu, inclusive pela adesão as regras do fair play financeiro na Europa”, justificou a administração do clube.

O Corinthians também teve queda de R$ 9 milhões nas receitas com direitos de transmissão em 2019, sendo R$ 32 milhões abaixo da previsão orçamentária.

“Em resumo, houve efetivamente um déficit um crescimento das obrigações, gerados basicamente pelos investimentos na equipe de futebol profissional que, infelizmente, não produziram (ainda) retorno esportivo – e, por consequência, financeiro. No entanto, como demonstrado, o déficit pode ser revertido com negociações de atletas e as obrigações, na mesma medida, são administráveis considerando a capacidade do Corinthians de geração de receitas”, conclui o departamento financeiro do Corinthians no documento.

* Com Estadão Conteúdo

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