Corinthians deixou de ganhar R$ 50 milhões, mas prêmio de vice alivia finanças ruins

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2018 12h03
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Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians Andrés Sanchez prometeu time forte para 2019 e pode investir em contratações

O Corinthians não é um exemplo de gestão financeira, como já foi mostrado em reportagem da Jovem Pan sobre a administração dos times paulistas. Por isso o clube precisava muito do prêmio de campeão da Copa do Brasil, que entregará R$ 50 milhões ao Cruzeiro. Mas o prêmio do vice, que é de R$ 20 milhões, já significa um alívio importante para o Timão.

Um dos principais problemas financeiros do Corinthians é a falta de patrocínio master fixo. Curiosamente, em 2018, o valor arrecadado na final da Copa do Brasil é praticamente o mesmo que o clube conseguiu durante o ano todo com patrocínio e publicidade: R$ 20,8 milhões.

De acordo com o economista Cesar Grafietti, do Itaú, o clube poderia ter um desempenho melhor com publicidade se aceitasse receber um valor menor do que o pretendido atualmente. Isso tem dificultado negociações com as empresas. “É melhor ter uma receita baixa do que nenhuma. E como o Corinthians segue sem um patrocinador master, isso prejudica, porque você não sabe o quanto vai ter de receita com o marketing”.

Também chama atenção que o valor arrecadado pelo Corinthians na final da Copa do Brasil é superior ao que o time consegue com o programa de sócio torcedor e com a participação em loterias esportivas. Esse montante em 2018 é de R$ 10,2 milhões até agora.

Portanto o prêmio da Copa do Brasil será uma fonte de receita superior a outros ganhos importantes do clube. Resta saber como o clube utilizará esse dinheiro. Após a derrota, o presidente Andrés Sanchez prometeu um time forte para 2019, mas para isso terá que contratar e provavelmente gastar parte destes R$ 20 milhões. Além disso, o risco de rebaixamento existe, o que pode afetar ainda mais a gestão financeira do Timão.

Andrés tem optado por evitar gastos altos em contratações. Se optar por reforços mais baratos, poderá investir a premiação em outros setores do clube, como o social, que teve um déficit praticamente igual ao valor arrecadado na final da Copa do Brasil: R$ 21,1 milhões. O futebol normalmente cobre esse tipo de prejuízo, então o prêmio deve diminuir este problema também, em um ano que parecia trágico financeiramente.

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