Ex-presidente do Corinthians diz que Arena pode ser paga em 30 anos

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2020 10h05
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Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians/Divulgação Roberto de Andrade durante entrevista coletiva no Corinthians Roberto de Andrade é ex-presidente do Corinthians

Roberto de Andrade, ex-presidente do Corinthians, falou sobre a dificuldade do clube em pagar a Arena, localizada em Itaquera, na zona leste da cidade de São Paulo. Na noite da última segunda-feira (18), o ex-mandatário afirmou que o Timão, provavelmente, levará 30 anos para quitar o estádio.

Em entrevista ao “Fox Sports”, Roberto de Andrade negou que a construção da Arena tenha sido um erro, mas admitiu que o modelo de negócio do estádio do rival Palmeiras é mais vantajoso.

“Não dá para falar que (a Arena Corinthians) é um erro, porque é o sonho de qualquer clube ter uma arena, tá certo? Pode ser que o erro… Eu não gosto de falar isso porque eu não participei da forma que foi desenhada a parte financeira. Eu não participei. Eu lembro muito bem que todo mundo criticava a forma que o Palmeiras negociou a arena dele por 30 anos com a (construtora) W. Torre. E o Palmeiras continua com a bilheteria. O Palmeiras paga um aluguel para usar o campo para a W. Torre, mas a receita do estádio é 100% do Palmeiras. Se eu não estiver errado, já deve ter passado uns seis, sete anos dessa conta, já não são mais 30, são 23 (anos). E nós fizemos de uma forma diferente”, comentou o também ex-diretor de futebol do Corinthians.

“Só que hoje, olhando, a gente vê que a forma que o Palmeiras fez foi melhor do que a nossa. Porque a gente não consegue viabilizar. Vamos pagar o estádio? Vamos pagar o estádio. Talvez não no mesmo prazo, talvez até igual o Palmeiras em 30 anos ou perto disso”, completou.

Levando em consideração os juros, a Arena Corinthians pode custar até R$ 1 bilhão. No momento, a Caixa Econômica Federal cobra do clube R$ 536 milhões. Além disso, a dívida com a Odebrecht pode chegar até R$ 160 milhões. Ela só será acertada após o processo de recuperação judicial da construtora.

“Fizemos (o financiamento) em 15 anos. Começamos a pagar em 2015, já se passaram cinco anos. Quer dizer: faltam dez. Nesses dez, estamos aguardando uma conversa com a Caixa para a gente renegociar o valor mensal e fatalmente a gente vai esticar o prazo. Não sei se para 15 (anos) de novo, se para 20… Se não for 30, vai ficar muito perto dos 30. Existiam maneiras melhores, enfim… Agora não adianta a gente se queixar, já foi”, falou Roberto de Andrade.

 

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