Indignado, Andrés Sanchez fala de notificação da Caixa: ‘Não vamos perder o estádio’
Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez convocou a imprensa para falar sobre a relação estremecida com a Caixa, que notificou o clube extrajudicialmente avisando que executará a divida total do financiamento do estádio em Itaquera. Indignado, o mandatário informou que, após a decisão do banco estatal, o acordo verbal estará suspenso e avisou a torcida que a Arena não será penhorada.
“Uma resposta ao nosso torcedor. O Corinthians nunca negou a dívida, nunca deixou de pagar. Tinha acordo com a Caixa, quatro meses pagava menos, oito mais. Estamos cumprindo. Se for esse acordo, devemos dois meses. Se for o outro, é desde abril. E conversando todo mês. Essa dívida de 500 milhões, vamos pagar. Temos que chamar a Caixa para dizer se vamos responder judicialmente. Atingiu ao fundo e não ao Corinthians”, começou o presidente.
“É não pagar a conta, mas nós vamos pagar. Não vamos perder estádio, não deixamos de pagar, não vão tomar nada”, continuou.
Andrés disse que o Timão irá responder a Caixa na Justiça, suspendendo o acordo verbal e enviando todos os documentos. Corinthians e Caixa acertaram que nos meses em que há menos jogos o clube pagaria menos do que nos demais. Em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro o valor da parcela seria de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Nos demais, R$ 5,7 milhões.
“A partir do momento que ela nos notificou, não está valendo o acordo verbal. Mudou o comando da instituição, estávamos conversando, no segundo escalão estava andando, pedimos permissão para a Copa América, e agora chegou isso”, afirmou.
Contudo, isso não chegou a ser formalizado em contrato, de acordo com Andrés Sanchez. Com a entrada da nova diretoria da Caixa, nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro no começo deste ano, o trato verbal não foi reconhecido.
“Estamos surpresos e indignados. Vamos responder a notificação semana que vem e ver até onde vai”, reiterou.
Segundo Andrés, os motivos do atraso dos pagamentos foram as ausências de partidas na Arena durante janeiro, fevereiro e o período da Copa América.
“Atrasou porque não tinha dinheiro. Não teve jogo. Dezembro, janeiro, Copa América, tem mês que tem dois jogos. Fevereiro renda não dá para pagar, mas nunca deixamos de conversar, eles estavam cientes. No processo de Rio Grande do Sul, a Caixa respondeu que estava tudo certinho”, explicou.
“É que nem você comprar um carro para pagar em 60 meses e durante muda o dono da financeira e ele pede para pagar à vista. É o que aconteceu”, prosseguiu.
Para a construção do estádio, a Caixa emprestou R$ 400 milhões. R$ 175 milhões já foram pagos, segundo o Alvinegro. Porém, por conta de juros e correções, o valor da dívida atualmente é de R$ 487 milhões nas contas do Corinthians e R$ 520 milhões nas contas do banco estatal.
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