Jô promete que não jogará em rivais do Corinthians e revela surpresas do Japão
Depois de ser campeão brasileiro pelo Corinthians em 2017, o atacante Jô vive boa fase no Nagoya Grampus. Ele é um dos artilheiros do Campeonato Japonês atualmente, com 20 gols marcados. Tudo isso faz com que ele seja especulado em diversos times no Brasil. Mas Jô não pretende voltar imediatamente, porque teve surpresas positivas no Japão, e descarta a possibilidade de jogar em rivais do Timão.
“Eu descartaria negociar com Palmeiras ou São Paulo por tudo que fiz pelo Corinthians, principalmente porque o Corinthians deixou as portas abertas para quando eu quiser voltar. Eu optei por sair, mas o Corinthians me deixou tranquilo para sair e voltar, com portas abertas. Então minha prioridade, quando voltar, é ir para o Corinthians”, explicou Jô, em entrevista à Jovem Pan.
O centroavante também explicou que não recebeu propostas de times brasileiros recentemente: “Ninguém veio falar comigo, com meu empresário e nem teve sondagem no clube. A imprensa especulou algumas coisas, como um interesse do Santos, por eu ter trabalhado com o Cuca, mas sempre deixei claro que quero ficar. Até fiquei chateado quando falaram que eu pedi para eu voltar ao Corinthians, porque ainda estava me adaptando”.
Apesar da boa fase de Jô, o Nagoya Grampus está lutando contra o rebaixamento no Campeonato Japonês. A equipe está em 16º lugar entre 18 equipes, posição que lhe colocaria em um playoff para tentar ficar na 1ª divisão. Mas ainda restam 7 partidas para o time de Jô escapar da degola.
Se acontecer o rebaixamento, Jô acredita que vai ficar no Nagoya mesmo assim: “Claro que profissionalmente um rebaixamento não seria uma coisa boa. Mas tenho contrato, estou em um clube maravilhoso e em uma cidade bacana. A torcida me recebeu de braços abertos, fez um mosaico que nunca tinha visto na minha carreira. Tudo isso me deixa muito feliz. Então, mesmo com rebaixamento, acredito que vou permanecer. Mas vamos fazer de tudo para isso não acontecer”.
A adaptação de Jô ao Japão não foi imediata, mas agora ele diz estar muito feliz: “Me programei para me adaptar em no máximo um ano. Consegui me adaptar em 5 meses, principalmente após a Copa do Mundo, porque entendi o que técnico pedia”.
Jô também está empolgado com o crescimento do Campeonato Japonês, que agora tem astros europeus, como o meia Iniesta e o atacante Fernando Torres: “Fico feliz, porque na minha vinda já se dizia que o futebol japonês estava voltando a ter jogadores de nome, como era há 10 ou 15 anos atrás”, contou ele, que ainda não enfrentou os espanhóis.
Além da satisfação profissional, Jô também elogia muito a qualidade de vida no Japão. Ele conta que ficou surpreso positivamente com alguns detalhes: “aqui tem que tirar o sapato quando você entra nas casas e no restaurante. É muito diferente. É legal como os carros param para você atravessar sempre. E em relação à alimentação, eu já comia comida japonesa no Brasil, mas aqui eles comem outras coisas que eu gostei, não é só sushi e sashimi”.
Jô assinou contrato válido por 3 anos com o Nagoya, então pode ficar até o final de 2020. Ele diz que não pretende voltar, mas faz a ressalva: “Minha vontade é ficar aqui. Mas não posso dizer que não vou voltar. É passo a passo”.
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