Procuradoria do STJD solicita abertura de inquérito por injúria racial denunciada por Edenilson

Jogador do Internacional acusou o lateral-direito do Corinthians, Rafael Ramos, de chamá-lo de ‘macaco’ durante partida entre os clubes no último sábado, 14

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2022 18h47
PABLO NUNES /AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Edenílon, do Internacional, disse que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, o chamou de Edenílon, do Internacional, disse que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, o chamou de "macaco"

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou na noite da última segunda-feira, 16, a abertura de um inquérito para apurar a denúncia realizada por Edenílson, volante do Internacional, de injúria racial. No último sábado, 14, o time gaúcho enfrentou o Corinthians e o lateral-direito do clube paulista, Rafael Ramos, é acusado de ter chamado o atleta de macaco. “Ante à possibilidade da oitiva de mais depoimentos, bem como a reunião de novos documentos e mídias que corroborem com o depoimento do atleta EDENILSON, em respeito à causa antirracista e à condução isenta dos procedimentos neste STJD, em especial por esta Procuradoria, faz-se necessária a apuração detalhada da prática da referida e repudiável conduta discriminatória”, afirma trecho do documento.

O pedido foi anunciado na manhã desta terça-feira, 17, no site do STJD e, na publicação, é possível confirmar que a solicitação já foi caminhada ao presidente do órgão, Otávio Noronha. “A Procuradoria entende que os fatos devem ser analisados com maior profundidade para que se prossiga com as medidas adequadas e apropriadas para a situação e repudia qualquer tipo de ato discriminatório, assim como reforça que injúria racial é crime e se une a todos os clubes, Federações e atletas que buscam um futebol mais justo e igualitário”, completou. O atleta corinthiano pode ser enquadrado no artigo 243-G do Código brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): “Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Com isso, caso seja declarado culpado, Rafael Ramos poderá ser suspenso por até 360 dias e receber uma multa de R$ 100 até R$ 100 mil.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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