De técnico novo, América-MG vence e acaba com série invicta do Inter
Sob o comando de Adilson Batista, contratado na terça-feira, o América-MG voltou a vencer no Brasileirão na noite desta quinta-feira, ao superar o Internacional por 2 a 1, no Independência, pela 15ª rodada. Com o resultado, o time mineiro deixou a zona de rebaixamento e quebrou a série invicta de dez jogos do rival gaúcho.
O América não vencia desde a 9ª rodada, disputada ainda antes da Copa do Mundo da Rússia. O novo triunfo fez a equipe mineira chegar aos 17 pontos e trocou a 17ª pela 14ª posição da tabela, agora fora da zona da degola. O Inter, por sua vez, estacionou nos 26 pontos e perdeu a chance de encostar nos líderes da classificação – o líder Flamengo tem 31.
Defendendo dez jogos de invencibilidade, o Inter tinha pela frente nesta quinta um dos times mais irregulares do campeonato. Ou seja, parecia o confronto adequado para buscar a 11ª partida sem derrota, igualando recorde da equipe, que é de 2005, quando o colorado foi vice-campeão, sob o comando de Muricy Ramalho.
Mas a série invicta começou a ser ameaçada logo aos 5 minutos de jogo. Foi quando Juninho acertou lindo chute de fora da área e acertou o ângulo. Aos 34, os donos da casa chegaram ao segundo gol, em enfiada do Ruy para Giovanni, que só bateu na saída do goleiro Danilo Fernandes para fazer 2 a 0.
Os dois gols já demonstraram certa influência de Adilson Batista sobre o time americano. Responsável pela assistência do segundo gol, Ruy foi aposta do treinador nesta quinta. Giovanni, o autor do gol, voltou a atuar no meio-campo, por decisão do técnico – estava na lateral.
Do outro lado, Odair Hellmann voltou a deixar D’Alessandro no banco de reservas. Leandro Damião começou entre os titulares, formando trio ofensivo com William Pottker e Nico López. Mas, como aconteceu na segunda-feira, na rodada passada, o Inter sentia falta de um armador.
Com esta limitação, o Inter só ameaçou no primeiro tempo aos 28 minutos, quando Damião escorou de cabeça e mandou rente à trave esquerda de João Ricardo. Diante do pouco poder de criação do Inter, o América se saía bem ao recompor melhor, formando rapidamente a retranca.
No segundo tempo, o duelo seguiu lento no ataque do Inter e rápido na defesa do América. Odair, então, resolveu fazer mudanças. Promoveu a estreia do reforço Jonatan Álvez e, na sequência, sacou Lucca para a entrada de D’Alessandro.
E, como aconteceu no jogo anterior, o meia argentino mudou o jogo assim que entrou em campo. Dez segundos após entrar na partida, ele acionou Pottker, que perdeu grande chance quase na pequena área, aos 17 minutos.
O Inter crescia em campo e parecia perto do primeiro gol quando Leandro Donizete fez falta dura em Cuesta, o que gerou reclamações por parte dos colorados e rapidamente gerou confusão entre diversos jogadores. Como saldo final do pequeno tumulto, D’Alessandro e Wesley foram expulsos.
Com a saída do meia argentino, o Inter voltou a jogar como no primeiro tempo, com rara disposição ofensiva. Mesmo assim, descontou aos 43 minutos, com gol do estreante Jonatan Álvez.
Pouco antes do apito final, os jogadores do Inter pediram pênalti em lance em que Cuesta recebeu lançamento pela esquerda e cruzou na área. A bola acertou o braço de Aderlan. O árbitro interpretou o toque como não intencional e mandou o lance seguir, antes de apitar pela última vez.
As duas equipes voltam a campo no domingo. O Inter vai receber o Botafogo no Beira-Rio, enquanto o América-MG vai visitar o Santos na Vila Belmiro, ambos pela 16ª rodada do Brasileirão.
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