Defasado? Ex-preparador de goleiros do São Paulo rebate Pinotti e vê crítica “infeliz”

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2017 17h01 - Atualizado em 28/08/2017 17h06
Rubens Chiri/São Paulo/Divulgação O preparador de goleiros Haroldo Lamounier (dir.) foi desligado do São Paulo em julho, poucos dias depois da demissão de Rogério Ceni

Há uma semana, em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, o diretor de futebol do São Paulo, Vinicius Pinotti, polemizou ao classificar como “defasadas” as práticas de Haroldo Lamounier à frente da preparação de goleiros tricolor. Nesta segunda-feira, no entanto, o profissional, que trabalhou com Rogério Ceni como jogador e treinador, e foi desligado do clube em julho, procurou a reportagem da Rádio Jovem Pan para se defender.

Em entrevista exclusiva a Marcio Spimpolo que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, Haroldo se defendeu e rebateu as críticas de Pinotti. Para o ex-preparador de goleiros do São Paulo, a fala do dirigente foi de “uma infelicidade muito grande”.

“Ele falou que o meu trabalho estava defasado. Foi de uma infelicidade muito grande ele ter colocado o meu trabalho em xeque. Consegui mais de 17 títulos entre a base e o profissional do São Paulo. Fiquei muito chateado quando soube o que ele havia dito. Só gostaria de dizer que o meu trabalho está muito bem, dinâmico, acompanhando as metodologias de preparação de goleiros em todo o Brasil e Europa”.

Lamounier trabalhou com Rogério Ceni por quase 14 anos. Com a aposentadoria do goleiro, no fim de 2015, o profissional foi mandado para Cotia, de onde só saiu no início desta temporada, quando Ceni retornou ao clube como técnico e o convidou para voltar à Barra Funda. Após a demissão de Ceni, no entanto, Lamounier foi desligado do clube e teve o seu trabalho criticado pela diretoria.

“Eu não entendi (a crítica), porque procurei colocar dentro da preparação de goleiros toda a estrutura que o São Paulo tem. A parte de fisiologia, nutricionismo, psicologia e preparação física. Também procurei tocar algumas atividades que eu vinha estudando durante a minha estadia em Cotia. Coloquei bolas de tênis, para aprimorar o reflexo, lonas de água, para que as bolas ganhassem velocidade, e mais alguns métodos para trabalhar a coordenação, explosão, velocidade e impulsão. Procurei, dentro das informações que tinha, fazer tudo aquilo que o futebol brasileiro e o futebol europeu estão fazendo com relação à preparação de goleiros”, defendeu-se.

“Durante esses seis meses, na minha visão, eu pude recuperar o Dênis e o Renan. Com o Sidão, que foi contratado no início do ano, nós também fizemos um bom trabalho. Tanto que na pré-temporada, na Florida Cup, ele foi eleito um dos melhores jogadores do torneio. Então, ao meu ver, o trabalho foi bem realizado. Alcancei todos os resultados que havia traçado. Se não fosse o Renan, por exemplo, o São Paulo estaria em uma situação ainda pior no Campeonato Brasileiro, porque ele teve grandes participações durante várias partidas”, argumentou.

Na prática, no entanto, o gol é uma das principais dores de cabeça do São Paulo no momento. O time já teve três titulares durante a temporada, e, recentemente, Renan Ribeiro perdeu a posição para Sidão, que jogou contra Avaí e Palmeiras e não agradou. Para 2018, a tendência é de que o clube volte ao mercado. Franco Armani, do Atlético Nacional-COL, e Gatito Fernández, do Botafogo, são os mais cotados.

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