EXCLUSIVO: Tite explica ausência de Veiga na seleção e se há preferência por jogadores que atuam na Europa

Treinador foi entrevistado por bancada da Jovem Pan e comentou sobre a preparação para a Copa do Mundo de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2022 20h36
Reprodução/ Youtube tite Tite e César Sampaio conversaram com a equipe da Jovem Pan Esportes

O treinador da seleção brasileira masculina, Tite, e o auxiliar técnico César Sampaio, concederam entrevista exclusiva à Jovem Pan nesta segunda-feira, 17, e responderam os temais mais polêmicos da pré-Copa do Mundo do Catar 2022. Como, por exemplo, as ausências de Dudu e Raphael Veiga nas convocações, jogadores de grande destaque no Palmeiras bicampeão da Libertadores. Tite foi claro: há poucas vagas no meio campo. “Situações são de concorrência, nós temos acompanhado. O Dudu já esteve conosco e eu digo que eles têm muita concorrência. Isso é conceito fechado. As opções se justificam a partir do modelo e do momento. Técnico é saber escolher e ouvir as críticas sobre essas escolhas”, disse. O treinador também explicou se há preferência pelos atletas que atuam na Europa, tema que foi bastante debatido nas redes sociais por torcedores. “É muito difícil saber o nível e quantificar isso. Qual a exigência da Premier League contra o Francês, o Espanhol ou o Brasileiro? Nós temos que avaliar. Trouxemos o César [Sampaio] para estar em mais jogos, rever conceitos, ouvir opiniões. Não tem aquela história de convocar porque joga fora, não foi esse critério. Vale o nível que ele está, o nível dos gramados que ele enfrenta. Se pego um gramado ruim como vou avaliar o jogo? Tem muitas variáveis. A palavra final é minha, mas tem um grupo de pessoas que observam”, completou.

Outro ponto importante nas preparações da seleção no pré-Copa são os adversários de amistosos. Muito se fala da ausência de jogos contra times do primeiro escalão europeu, segundo a comissão técnica, não há tempo e oportunidades. “Por mais qualidade e competência que eu tenho fica difícil essa falta de embate [com europeus]. Sempre fica o ‘talvez’, talvez se tivéssemos mais oportunidades poderíamos analisar melhor as técnicas que nós temos. Nesse ciclo [de 6 anos] faltou sim esses adversários europeus para termos a competitividade”, comentou Tite. Perguntado sobre o que acha do Brasileirão continuar em momentos de amistosos, o treinador foi bem claro. “O calendário tem que ser modificado e tem que haver uma paralisação. Eu não sou hipócrita, pensava assim quando era técnico de clubes. Na Data Fifa não pode ter jogos concomitantes com outros campeonatos, há um prejuízo”, comentou. Por fim, treinador disse que ficará com a família depois de deixar o comando do Brasil.

Assista a entrevista na íntegra:

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