Ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero é banido do futebol
Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF, está banido do futebol para sempre. A decisão foi anunciada pela Fifa, nesta sexta-feira (27), em nota oficial. Ele é acusado de envolvimento em casos de propina e terá que pagar uma multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 3,5 milhões). Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Del Nero se defendeu e prometeu recorrer contra a decisão.
As acusações de suborno envolvem várias competições, como Copa América, Copa Libertadores e Copa do Brasil. O ex-presidente teria trocado dinheiro por favorecimento em direitos de mídia e marketing.
Del Nero está sob investigação da Fifa desde novembro de 2015 e já tinha recebido suspensão neste ano. Mesmo fora do comando da CBF, conseguiu articular a eleição do sucessor que escolheu, Rogério Caboclo. Mas este só assumirá em 2019. Enquanto isso, o vice de Del Nero, Coronel Nunes, comandará a entidade.
“Foi uma grande absurdo e vamos recorrer”, disse Del Nero ao telefone da Jovem Pan. Ele afirmou que recebeu a notícia com surpresa, pois alega que não há provas ou elementos que comprovem a participação dele no esquema de propinas. Declarou também que tem plena convicção de que comprovará inocência.
A situação de Del Nero pode se complicar ainda mais por causa de uma investigação da Justiça dos Estados Unidos, sobre relações comerciais de torneios do continente americano. Ele é acusado de ganhar mais de 6 milhões de dólares em propinas.
Del Nero realmente pode levar o caso à Corte Arbitral do Esporte, mas Joseph Blatter, Michel Platini e Jérôme Valcke, outros dirigentes do futebol acusados de corrupção, tentaram fazer isso e não conseguiram mudar a decisão da Fifa. A defesa de Del Nero se manifestou sobre o caso em um comunicado oficial:
“É com surpresa e indignação que o Sr Marco Polo Del Nero e seus advogados recebem a decisão proferida hoje pela FIFA. No curso do processo, o Comitê de Investigação da entidade não foi capaz de produzir qualquer prova de seu envolvimento em esquemas de corrupção. Por isso, a defesa recorrerá e tem a convicção de que a punição de primeira instância será reformada mediante análise por tribunal independente e não sujeito a interferências externas”.
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