Fugir da Espanha e torcer pelos asiáticos: quem pode cair no grupo do Brasil na Copa?
Na próxima sexta-feira (1º), a Fifa fará o sorteio que definirá os oito grupos do Mundial que será disputado em junho, na Rússia, e com mudanças. Segundo as regras apresentadas na última segunda-feira (27), cada grupo precisa ter obrigatoriamente uma seleção europeia, com limite de duas em cada. Para os outros continentes, só será permitido a presença de um em cada grupo.
As chances de o Brasil ter em seu caminho uma – ou até mesmo duas – grande seleção europeia não são poucas. Cabeça de chave por ser o vice-líder no ranking da Fifa, o Brasil se livrou de enfrentar times como Alemanha, Portugal, Bélgica ou França. Porém, o pote 2 do sorteio pode colocar equipes como Espanha, Inglaterra e Croácia. Para o comentarista Jovem Pan Bruno Prado, o adversário mais complicado seria a Fúria, que se classificou de forma invicta para o Mundial.
“A Espanha é uma seleção forte. O pote 2 tem a Inglaterra também, mas sem dúvida a Espanha é a mais complicada. O Brasil tem cinco adversários possíveis neste que é o pote mais forte. A Croácia é uma boa seleção, mas sempre cai no grupo da Seleção Brasileira, foi assim em 2006 e 2014. Sendo assim, a Espanha seria o mais difícil”, afirmou.
No pote 3 podem ser incluídas também seleções como a Islândia, dona de ótima campanha na última Eurocopa, e a Suécia, que se classificou na repescagem e pode contar com o retorno de Ibrahimovic. Já no último pote, das seleções com as piores posições no ranking, apenas a Sérvia representa o Velho Continente. Bruno Prado alertou, porém, que não se pode menosprezar seleções como a Nigéria, melhor representante africano na competição.
“O pote 3 tem algumas seleções tradicionais e que se defendem bem, como é o caso da Suécia que defensivamente é forte. No pote 4 tem outro europeu forte que é Sérvia. Mas já que só podem ter duas europeias por grupo, é mais possível que apareça alguma seleção asiática ou africana neste pote. Das africanas, a melhor é a Nigéria, que é uma seleção que tem alguns jogadores de destaque. O Egito tem o Salah e Senegal tem o Mané (ambos do Liverpool), mas é uma coisa muito individual. A Nigéria, como conjunto, é a melhor das seleções africanas e recentemente derrotou a Argentina num amistoso”, analisou Bruno.
Caminho suave
É possível o Brasil ter a sorte de encontrar um grupo tranquilo pela frente. Para Bruno Prado, o cenário mais fácil possível teria México, Islândia e qualquer seleção asiática.
“Claro que a situação mais tranquila para o Brasil seria no pote 2 uma seleção um pouquinho mais fraca, como o México, que é uma equipe que ataca, que consegue atrapalhar um adversário, mas ataca de qualquer maneira e às vezes surpreende. No pote 3 tem a Islândia e no pote 4 uma seleção asiática não será nenhum problema”, explicou o comentarista, que acredita que a nova divisão das equipes tornou a competição mais justa a partir do ano que vem.
“Antes os potes eram divididos pela posição geográfica das seleções, agora não, todos os potes são organizados através do ranking, antes era só o primeiro, dos cabeças de chave. Acho que isso é algo mais justo e melhor para a competição”, disse.
Segundo o próprio ranking, o grupo mais complicado que o Brasil poderia ter pela frente contaria com Espanha, Dinamarca e Nigéria. Já o cenário mais tranquilo seria um grupo com Croácia, Irã e Panamá.
Confira os potes do sorteio:
Pote 1: Rússia, Alemanha, Brasil, Portugal, Argentina, Bélgica, Polônia e França.
Pote 2: Espanha, Peru, Suíça, Inglaterra, Colômbia, México, Uruguai e Croácia.
Pote 3: Dinamarca, Islândia, Costa Rica, Suécia, Tunísia, Egito, Senegal e Irã.
Pote 4: Sérvia, Nigéria, Austrália, Japão, Marrocos, Panamá, Coreia do Sul e Arábia Saudita.
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