Barcelona lamenta prisão de líderes independentistas da Catalunha: ‘Não é a solução’
O Barcelona emitiu uma nota lamentando a prisão de líderes independentistas da Catalunha. Em comunicado oficial, o clube criticou as sentenças, demonstrou apoio aos condenados e falou em “diálogo político” para resolver o imbróglio.
“O FC Barcelona, como uma das entidades de referência da Catalunha e de acordo com sua trajetória histórica, desde a defesa da liberdade de expressão do direito de decidir, hoje, após a condenação do Supremo Tribunal Federal em relação à Processo aberto contra líderes civis e políticos catalães, afirma que: Do mesmo modo que a prisão preventiva não ajudou a resolver o conflito, a prisão emitida hoje também não será a solução”, começou.
Além disso, o Barça solicitou que os políticos sejam soltos e pediu mais conversa sobre o assunto entre a comunidade.
“A resolução do conflito que a Catalunha está enfrentando é exclusivamente através do diálogo político. É por isso que, agora mais do que nunca, o clube solicita a todos os líderes políticos que conduzam um processo de diálogo e negociação para resolver esse conflito, o que também deve permitir a libertação de líderes e políticos cívicos condenados”, continuou o Barcelona.
“O FC Barcelona também expressa todo o seu apoio e solidariedade às famílias das pessoas privadas de liberdade”, finalizou.
Entenda as prisões
O Tribunal Supremo da Espanha condenou nesta segunda-feira (14) a 13 anos de prisão o ex-vice-presidente da comunidade autônoma da Catalunha Oriol Junqueras, e a um máximo de 12 anos outros oito processados por insurreição e desvio no processo com o qual tentaram conseguir a independência da região em 2017.
Três antigos conselheiros do governo autônomo catalão foram condenados a 12 anos de prisão por insurreição e desvio: Raül Romeva, Jordi Turull e Dolors Bassa, enquanto os seus companheiros Joaquim Forn e Josep Turull terão que cumprir 10 anos por insurreição.
A ex-presidente do Parlamento autônomo catalão Carme Forcadell foi condenada a 11 anos e seis meses, já os líderes de associações independentistas Jordi Sánchez e Jordi Cuixart foram condenados a nove anos de prisão, todos por crime de insurreição.
Os nove condenados, que já cumprem prisão preventiva, estão inabilitados para exercer qualquer cargo público até o cumprimento total da pena.
Outros três processados que estavam em liberdade condicional foram absolvidos do crime de desvio e não irão para a prisão.
O tribunal julgou os 12 líderes independentistas processados entre fevereiro e junho pela organização de um referendo de “autodeterminação” e uma declaração parlamentar a favor da independência unilateral da região da Catalunha, que depois foi cancelada pelo Tribunal Constitucional espanhol.
* Com informações da EFE
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