Barcelona x Real Madrid pode ter mando invertido após prisões de separatistas

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2019 09h22 - Atualizado em 16/10/2019 09h42
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Divulgação FCB Barcelona e Real Madrid em partida realizada no Santiago Bernabéu

O superclássico entre Barcelona e Real Madrid, marcado para o dia 26 de outubro, no Camp Nou, válido pela La Liga, pode mudar de local. De acordo com publicação do “El País”, a Federação Espanhola de Futebol pediu para que o embate seja realizado no Santiago Bernabéu por questões de segurança. A autoridade alega que a situação na Catalunha está caótica após as prisões de líderes separatistas.

Presidida por Javier Tebas, a entidade irá conversar com os dois clubes sobre o tema. Caso Barça e Real aceitem, a decisão final será do Comitê da Competição da Federação.

Os trâmites da inversão deverão ser realizados até a próxima segunda-feira (21), quando a Comissão tomará uma decisão. A La Liga, segundo o jornal, solicitou a inversão por “força maior”.

O jogo marcado para o Camp Nou é o primeiro após o Supremo Tribunal da Espanha determinar as prisões de líderes independentistas da Catalunha. Isso porque os próximos compromissos do Barça serão fora de casa: Eibar e Slavia Praga.

Caso haja a mudança nos mandos, o Barcelona receberia o Real Madrid apenas no dia 1º de março de 2020, pelo returno do Espanhol.

Entenda as prisões

O Tribunal Supremo da Espanha condenou nesta segunda-feira (14) a 13 anos de prisão o ex-vice-presidente da comunidade autônoma da Catalunha Oriol Junqueras, e a um máximo de 12 anos outros oito processados por insurreição e desvio no processo com o qual tentaram conseguir a independência da região em 2017.

Três antigos conselheiros do governo autônomo catalão foram condenados a 12 anos de prisão por insurreição e desvio: Raül Romeva, Jordi Turull e Dolors Bassa, enquanto os seus companheiros Joaquim Forn e Josep Turull terão que cumprir 10 anos por insurreição.

A ex-presidente do Parlamento autônomo catalão Carme Forcadell foi condenada a 11 anos e seis meses, já os líderes de associações independentistas Jordi Sánchez e Jordi Cuixart foram condenados a nove anos de prisão, todos por crime de insurreição.

Os nove condenados, que já cumprem prisão preventiva, estão inabilitados para exercer qualquer cargo público até o cumprimento total da pena.

Outros três processados que estavam em liberdade condicional foram absolvidos do crime de desvio e não irão para a prisão.

O tribunal julgou os 12 líderes independentistas processados entre fevereiro e junho pela organização de um referendo de “autodeterminação” e uma declaração parlamentar a favor da independência unilateral da região da Catalunha, que depois foi cancelada pelo Tribunal Constitucional espanhol.

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