Brasileiro sofre racismo na Bolívia, sai do campo e pede punição a clube

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2019 08h48
Divulgação Serginho é um dos destaques do Jorge Wilstermann

O brasileiro Serginho foi vítima de racismo na Bolívia, durante o jogo entre Jorge Wilstermann e Blooming. Ele até saiu de campo antes da partida acabar, como forma de protesto. Agora o clube dele pede punição ao Blooming, por causa do ocorrido em Santa Cruz de la Sierra.

O presidente do Jorge Wilstermann, Grover Vargas, disse à imprensa que o clube já denunciou à FBF os “maus momentos” que a torcida do Blooming proporcionou anteriormente para seus jogadores, “especialmente Serginho”.

“Nenhum ato de racismo pode ser bem recebido, os senhores sabem que a luta é frontal em nível mundial, não somente no esporte, mas na vida”, disse Vargas.

O dirigente afirmou que tal situação “não pode voltar a acontecer”, e que pedirá “punição máxima” ao Blooming e “às pessoas que provocaram tudo isto”.

Vargas também lamentou que “não é a primeira vez” que estas coisas ocorrem em Santa Cruz de la Sierra e que isso “alarmante”.

Por causa dos insultos, Serginho deixou o campo cinco minutos antes do fim da partida entre Jorge Wilstermann e Blooming pela 13ª rodada do Torneio Apertura do Campeonato Boliviano.

Políticos e atletas repudiaram os insultos racistas contra o brasileiro, que em agosto de 2018 denunciou ter sido vítima de insultos racistas de parte de torcedores e de um jogador do Destroyers em um jogo do torneio local.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, expressou no Twitter solidariedade a Serginho, que “deixou ontem o campo em protesto, após receber insultos racistas de parte de maus torcedores. O futebol é um esporte que une os povos, não devemos permitir que seja manchado com estes atos discriminatórios”.

O técnico da seleção Bolívia, Eduardo Villegas, disse que é “totalmente reprovável” o ocorrido e considerou que com a tecnologia é possível identificar os agressores para “abrir um bom precedente”.

Em comunicado, o Blooming condenou o episódio e afirmou que os seis jogadores estrangeiros de seu elenco foram sempre tratados com respeito.

Com EFE

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