Como o Madrid deve atacar e como o Liverpool deve se defender
KIEV -Zidane não sabe como montar o seu Real Madrid para tentar ser o primeiro tri europeu desde 1976. Para repetir a façanha de Cardiff em 2017 (quando ele foi o primeiro bicampeão da Europa desde 1990), ele pode manter o tripé do meio com Casemiro protegendo uma defesa que já foi mais eficiente, Modric e Kross que também já jogaram mais – e ainda jogam mais do que muitos.
A questão é quem vai atuar ao lado de Cristiano. E de que modo.
Isco se consolidou como um cara mais do que confiável para armar, prender a bola, dar ritmo, e também ajudar na recomposição sem a bola. Pode ser o enganche de um possível 4-3-1-2. Pode ser opção mais aberta a partir da esquerda para flutuar entre Henderson e a zaga menos preocupante de Klopp com a chegada de Van Dijk em janeiro pela bagatela de 85 milhões de euros.
Pode demais Isco. E acho que por isso vai pro jogo. Em qualquer função. Ou várias delas durante a equilibradíssima decisão.
Mais à frente, Bale reconquistou um astral e possibilidades que desde 2016 não tinha. Cinco gols em quatro jogos. Voando e jogando bem. Para fazer estragos em Robertson e na zaga também discutível com Lovren e com os generosos espaços às costas do jovem Alexander Arnold.
Mas é Benzema que Zizou mais confia. Recompensado pelos gols classificatórios contra o Bayern, no Bernabéu. E não só o treinador. Cristiano prefere o francês a Bale e a qualquer outro. Benzema abre espaços para CR7 ser cada vez mais o 9 essencial e fenomenal num toque só. Karim faz mais e melhor o trabalho sujo na frente. Recompõe mais. E tem fina inteligência para chamar marcação e abrir espaços. Para abrir brechas num sistema defensivo que terá de fazer a partida defensiva que o Liverpool ainda não conseguiu fazer.
E precisará fazer em Kiev tanto quando o Madrid precisa jogar mais.
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