Brasileiro capitão do Al-Hilal não se vê como zebra contra o Flamengo: ‘Somos a maior equipe da Ásia’

  • Por João Vitor Rocha/Pedro Sciola/Tawan Teixeira
  • 17/12/2019 07h00
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Divulgação/Al-Hilal Carlos Eduardo, brasileiro capitão do Al-Hilal

O Flamengo estreia no Mundial de Clubes contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita, nesta terça-feira (17), às 14h30 (horário de Brasília), na busca pelo segundo título mundial. E no lado dos árabes, um brasileiro vai tentar frustrar a maior torcida do seu país natal: Carlos Eduardo, capitão da equipe e o estrangeiro com o maior número de gols no campeonato saudita na história do clube.

O programa Futebol na Gringa, da Jovem Pan, bateu um papo com o jogador para conhecer melhor esse brasileiro que planeja frustrar os planos dos cariocas no Catar.

“Eu sou meio que um coringa, estou acostumado a jogar em várias posições. Minha posição de origem é meia-ofensivo, mas aqui jogo de ponta, como segundo volante, faço segundo atacante, tenho essa flexibilidade para jogar em várias posições”, contou Carlos Eduardo.

O capitão do Al-Hilal elogiou muito Razvan Lucescu, atual treinador do clube. A posição de técnico, inclusive, gerou certo desconforto entre Al-Hilal e o Flamengo. Jorge Jesus, líder Rubro-Negro, sempre que pode afirma em entrevistas que foi o responsável por montar o atual elenco do Al-Hilal. Lucescu, por outro lado, rebateu, já durante o Mundial, que seu time pouco tem do trabalho do “Mister”.

“Nosso treinador gosta de intensidade de jogo. Pressão rápida quando perde a bola pra gente ter o controle do jogo. É um treinador muito bem organizado taticamente e que gosta de jogar ofensivo”, disse.

“A principal característica do Al-Hilal é a ofensividade. Ofensivamente nós temos uma equipe muito forte, muito organizada. A gente tem um treinador muito bom, que organizou muito bem o nosso time. Ofensivamente nossa equipe é muito forte, temos muitos jogadores de qualidade na frente”, continuou Carlos Eduardo.

O brasileiro revelou também que vai, sim, ter um gostinho especial o encontro contra o Flamengo, pelo fato de ser um clube brasileiro e por toda visibilidade que a equipe ganhou nos últimos meses com os títulos do Brasileirão e da Libertadores.

“Óbvio que o pessoal comenta do Flamengo, tem o fato do Jesus estar aí e ter trabalhado com ele aqui. Os árabes são loucos fanáticos pelo futebol brasileiro, estão sempre comentando sobre os jogadores do Flamengo, o momento do Jesus também”, afirmou.

Carlos Eduardo relembrou ainda a vitória do Al Ain no Mundial do ano passado, para cima do River Plate, na semifinal, como forma de dar um ânimo a mais para o Al-Hilal. O capitão da equipe não descarta que o título vá para a Ásia.

“Eu não encaro como uma zebra porque futebol é 11 contra 11, não entra investimento, não entra nada dentro de campo. Se eu não pensasse dessa forma, não valeria a pena eu estar jogando futebol.  Eu tenho que sonhar alto, pensar grande. Tenho que trabalhar como todos os jogadores trabalham. Não encaro como uma zebra. Somos a maior equipe da Ásia, temos uma organização muito grande, uma estrutura por trás, uma torcida muito grande também, assim como Flamengo e Liverpool. A gente tem noção que não é uma zebra. Somos uma realidade no futebol asiático e no Mundial vamos mostrar pro público o nosso futebol”, afirmou.

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