Ex-jogador do Manchester United prevê final da Copa do Mundo decidida nos pênaltis

EFE Kanchelskis vê chances da Croácia surpreender

Ex-jogador da seleção russa e do Manchester United, entre outras equipes, Andrei Kanchelskis afirmou nesta sexta-feira (13) acreditar que a final da Copa do Mundo, entre Croácia e França, será decidida nos pênaltis, repetindo assim o que aconteceu apenas na decisão do título em 1994, entre Brasil e Italia, e na de 2006, entre Itália e França.

“A final será decidida nos pênaltis. Aí, já não sei o que vai acontecer, mas a partida acabará em empate”, comentou o russo à Agência Efe.

O ex-meia revelou sua torcida pela Croácia e afirmou não acredita que as prorrogações disputadas a mais pela seleção de Luka Modric e cia. façam diferença na decisão.

“Acho que os croatas não sentirão o esforço realizado. É uma final. Só lhes restam 90 minutos. Já são heróis em seu país. Torci pela Croácia, gosto como jogam”, afirmou Kanchelskis, que, no entanto, apontou os franceses como favoritos.

“A França é uma equipe forte, com bons jogadores em todas as posições. No ataque tem Mbappé e Griezmann, no meio de campo Pogba…”, acrescentou.

Para o ex-jogador, a Espanha foi a decepção do torneio, mas ele admitiu que a Rússia praticou o ‘anti-jogo’ no confronto entre as duas seleções, pelas oitavas de final.

“A Espanha me decepcionou. Também não entendi as decisões do treinador. Se quisessem passar às quartas, por que Iniesta foi reserva? No futebol, é preciso marcar gols. Foi lamentável (o desempenho contra a Rússia). Não lembro dos espanhóis chegando à área para finalizar. Nosso melhor jogador é o nosso goleiro, Akinfeev, mas houve outras boas notícias”, afirmou.

Kanchelskis nunca disputou uma Copa. Autor do último gol marcado pela União Soviética antes da dissolução do país, ele não foi convocado para a edição de 1990. Optou por defender a Rússia logo na sequência, mas participou de um boicote por melhores condições de trabalho em 1994 e se lesionou gravemente na repescagem das Eliminatórias de 1998, ao se chocar com o goleiro italiano Gianluca Pagliuca.

Nos últimos dias, o ex-jogador protagonizou uma polêmica na imprensa russa ao afirmar que a seleção nacional chegaria na final se tivesse organizado a Copa de 94 ou 98, já que o elenco teria nomes de peso como Aleksandr Mostovoi, Igor Shalimov, Sergey Yuran e Valeriy Karpin.