Federação Italiana planeja volta do futebol com testes sorológicos

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2020 16h17 - Atualizado em 19/04/2020 16h18
Divulgação Juventus FC A Juventus lidera o Campeonato Italiano

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) cogita utilizar testes sorológicos e concentrações blindadas em centros esportivos desinfetados para o retorno do Campeonato Italiano. Uma comissão de médicos e virologistas se reuniu nesta semana para articular os próximos passos do futebol.

Por uma determinação do governo italiano, o confinamento prossegue no país até o dia 3 de maio, e de acordo com o último decreto da presidência do Conselho de Ministros, atletas poderão retomar aos treinos nos centros esportivos a partir do dia seguinte.

O vôlei, o rúgbi e o basquete já cancelaram oficialmente a temporada 2019-2020, e o futebol enfrenta perdas que podem chegar a 1 bilhão de euros. Os clubes tentam evitar um prejuízo ainda maior. O presidente da FIGC, Gabriele Gavina, chegou a cogitar a hipótese da competição acontecer apenas entre o centro e o sul do páis, sem organizar partidas no norte do país, região mais afetada.

Os médicos e virologistas que analisaram a situação do país aconselham a retomada do futebol em três fases, a começar pela primeira divisão, que possui maiores recursos financeiros e pode atender mais facilmente às necessidades de saúde. Depois, a segunda e a terceira divisão, e por fim, as restantes.

O plano prevê que todas as equipes sejam convocadas com 72 a 96 horas de antecedência para submeter jogadores, técnicos, dirigentes, assessores de imprensa e funcionários a um teste sorológico para confirmar o diagnóstico negativo para o vírus.

Depois disso, as equipes precisarão organizar uma concentração blindada em seus centros de treinamento, tomando o cuidado de evitar qualquer contato com pessoas de fora. Os clubes que possuem acomodações em seus centros de treinamento hospedarão jogadores, enquanto os demais hospedarão seus elencos em hotéis que tenham sido completamente desinfectados.

Caso os treinos retornem no dia 4, como esperado nesse momento, estima-se que levará cerca de três semanas até que os jogadores estejam fisicamente aptos para uma competição.

O plano, entretanto, envolve complicações que precisam ser levadas em consideração para seu real desenvolvimento. Diante da crise de saúde, muitos jogadores estrangeiros conseguiram o aval para voltar aos seus respectivos países, como os brasileiros Alex Sandro e Douglas Costa, o argentino Gonzalo Higuaín, o bósnio Miralem Pjanic e o alemão Sami Khedira, todos da Juventus, e o uruguaio Diego Godin, o esloveno Samir Handanovic e o dinamarquês Christian Eriksen, da Inter de Milão.

As regras vigentes exigem que quem esteja retornando para o país permaneçam em quarentena por 14 dias, para confirmação de que não estão infectados. Assim, para que os jogadores que saíram da Itália estejam disponíveis para começar a treinar em 4 de maio, eles teriam que estar de volta ao país até amanhã – 20 de abril, o que dificilmente deve acontecer.

* Com EFE

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