Magno Malta critica cobertura da imprensa no caso Vini Júnior e cobra defensores da causa animal: ‘O macaco está exposto’ 

Segundo o parlamentar, a mídia está ‘revitimizando’ o atacante do Real Madrid, que voltou a sofrer preconceito racial no duelo contra o Valencia

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2023 14h51 - Atualizado em 23/05/2023 15h03
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Edilson Rodrigues/Agência Senado Magno Malta Magno Malta criticou a cobertura da imprensa no caso Vinicius Júnior

O senador Magno Malta (PL-ES) criticou a cobertura da imprensa no caso envolvendo o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, nesta terça-feira, 23. Segundo o parlamentar, a mídia está “revitimizando” o jogador, que foi chamado de “macaco” por torcedores do Valencia e voltou a sofrer preconceito racial no duelo do último domingo, válido pelo Campeonato Espanhol. “Para mim, o mais triste é que as emissoras ficam com este assunto desde ontem, ‘revitimizando’ ele porque o assunto dá audiência e eles ganham mais patrocinadores. É uma descaração isso”, declarou, durante a Comissão de Assuntos Econômicos. Em seguida, Magno Malta disse que o “macaco está exposto” e cobrou os defensores da causa animal. “Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco? O macaco está exposto. Olha a hipocrisia! O macaco é inteligente e bem pertinho do homem. A única diferença é o rabo. Ele é ágil, valente, alegre… Ele tem tudo que você possa imaginar. Se eu fosse um jogador negro, eu entraria em campo com uma leitoa branca nos braços e ainda dava um beijo nela. Falaria: ‘Olha como não tenho nada contra brancos’. E ainda comeria ela. Então, veneno se faz com veneno”, acrescentou. Imediatamente após a fala, diversos internautas passaram a criticar o senador nas redes sociais.

O novo episódio de preconceito contra Vinicius Júnior ganhou repercussão mundial. Após a partida, diversas personalidades do mundo do futebol exigiram punições e criticaram a arbitragem, que ainda expulsou o brasileiro. O técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, preferiu não falar do que aconteceu no jogo contra o Valencia e escancarou o descontentamento com os cânticos racistas. Presidente da República, Lula e seus ministros brasileiros lamentaram o caso e também cobraram sanções aos envolvidos. Na Espanha, algumas autoridades também se pronunciaram e afirmaram que não vão medir esforços para encontrar os culpados. Nesta terça-feira, sete pessoas foram presas por suspeita no envolvimento de casos discriminatóriastrês já foram liberadas. Ao mesmo tempo, Javier Tebas, o presidente da LaLiga (órgão que rege o Campeonato Espanhol), entrou em conflito público com o craque brasileiro e minimizou os incidentes. 

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