Mariano, lateral do Galatasaray, comenta fase ruim do Real Madrid: ‘Vamos tentar aproveitar ao máximo’

  • Por João Vitor Rocha/Pedro Sciola/Tawan Teixeira
  • 21/10/2019 18h33
Divulgação/Galatasaray Mariano, lateral-direito do Galatasaray

Mariano, lateral do Galatasaray e com passagem marcante pelo Fluminense, conversou com exclusividade com o programa Futebol na Gringa, da Jovem Pan, e projetou a partida contra o Real Madrid, na próxima terça-feira (22), às 16h, pela 3ª rodada da fase de grupos da Champions League. O jogador de 33 anos é titular da equipe turca e já está no clube desde 2017.

“São os dois maiores por nome do nosso grupo, o Paris e o Real, seriam os favoritos do nosso grupo. Fizemos um jogo muito importante contra o Brugge e empatamos fora de casa e infelizmente perdemos em casa com o Paris, apesar da gente ter jogado bem e ter feito um bom jogo, mas infelizmente tomamos um gol. Tivemos oportunidade de empatar e até virar o jogo, mas perdemos. Mas tá em aberto, tá bem embolado. O Paris conseguiu duas vitórias e tá com seis pontos. Mas os outros estão juntos, praticamente, buscando a segunda colocação. E a gente tem esse objetivo em casa de conseguir nossa primeira vitória, diante da nossa torcida. Ansioso para esse jogo para enfrentar um Real Madrid em uma Champions”, afirmou Mariano.

“A gente vem comentando aqui, Hazard, Bale, tem o Vinícius Jr que tá num momento bom, Rodrygo que chegou agora também. Tem o próprio Vásquez que joga aberto também como extremo. A gente não tem muita escolha não, o que vier a gente vai tentar fazer o melhor. No último jogo a gente jogou com três e deu certo, como eu falei, fizemos um jogo muito bom, que infelizmente saindo com a derrota. Mas o nosso torcedor viu nosso desempenho e nos aplaudiram. Vamos ver o que o treinador vai colocar nossa equipe pra esse jogo contra o Real. A expectativa é grande, independente da gente jogar com a linha de 4 normal ou com a linha de 3 que na defensiva se formaria a linha de 5”, explicou o lateral do Galatasaray.

Mariano afirmou que a equipe turca tem consciência do momento conturbado do Real Madrid. A equipe foi derrotada pelo Mallorca na última rodada do Campeonato Espanhol e perdeu a liderança para o Barcelona. Na Champions, os espanhóis são lanterna do grupo A, com apenas um ponto.

“A gente sabe que quando começava a Champions o Real Madrid entrava a mil, brigava sempre na primeira colocação do grupo. E agora está sendo diferente pra eles. Jogamos duas jornadas da Champions e eles fizeram só um ponto. Para questão de Real Madrid é muito pouco, tem a pressão da imprensa espanhola, da torcida. E a gente vai tentar aproveitar isso ao máximo. Vamos jogar ao lado da torcida, nossa torcida sabe que eles são fanáticos e com certeza nosso estádio vai estar lotado. Como a gente fez um grande jogo contra o Paris, tenho certeza que o Paris sentiu a pressão da nossa torcida. É um jogo diferente, a gente sabe que o Madrid está passando por momento difícil, mas é Real Madrid também. A gente tem que saber disso, tem jogadores ali importantes. A gente tá preparado para aproveitar esse momento deles”, afirmou.

Aos 33 anos, Mariano está em seu último ano de contrato e ainda não sabe o que vai fazer de seu futuro. O lateral não fechou as portas para o Brasil, mas disse que ainda não é uma prioridade.

“Eu tô em final de contrato, tenho contrato até o meio do ano que vem e vem muito essa pergunta. Penso sim em voltar ao Brasil, mas não é uma prioridade, é o que tento responder apra amigos e entrevistas. A gente não sabe o dia de amanhã. Graças a Deus o nosso campeonato no Brasil é sempre disputado, tem grandes equipes, e para nós jogadores tem esse lado bom porque tem várias equipes e equipes boas. A gente tem bastante opção de clube. Penso também em algumas coisas aqui fora. Fui bem na França, na Espanha, então pode ser que pinte alguma coisa por aí […] A janela abre agora em dezembro e vamos ver o que vai acontecer”, comentou.

O jogador também comentou sobre a famosa torcida turca. Mariano disse que estava sentindo falta da “loucura” dos torcedores e que se sente no Brasil quando vê os torcedores do Galatasaray.

“Aqui quando eu cheguei eu senti como no Brasil, os caras vaiando, quando um jogador errava um passe, quando perdia um jogo vaiava, gritava. Eu vi a pressão da torcida perto do vestiário xingar os jogadores, fizeram um protesto. Eu falei: ‘cara, aqui é diferente mesmo’. Eu até cobrava um pouco de mim mesmo: ‘pow, preciso voltar para aquela pressão, aquela cobrança no jogador que a torcida faz’. No Fluminense eu vivi os dois lados; em 2009 a gente quase caiu pra segunda divisão e em 2010 o título.  No Sevilla tinha aquela atmosfera no estádio, mas não tinha pressão na rua. Aqui já tem um pouco mais de cobrança

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