OMS sugere suspensão do futebol europeu até o fim de 2021, diz revista

Laurent Gillieron/EFE A Uefa é a entidade responsável pelo futebol europeu

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mediou uma videoconferência entre a Uefa e representantes dos principais clubes europeus com a intenção de debater o futuro do futebol na Europa em meio à pandemia da Covid-19. Na reunião, a entidade subordinada às Nações Unidas sugeriu que as competições fossem paralisadas até o final de 2021. As informações foram publicadas pela revista “Placar”, nesta terça-feira (21).

Consultada pelo veículo, uma fonte que participou da videoconferência confirmou a orientação da OMS, que embasou sua ideia com declarações de dois epidemiologistas da entidade mundial de saúde. Eles teriam apresentado um estudo que aponta novas ondas de contágio do novo coronavírus, inviabilizando o retorno dos campeonatos.

A sugestão teria causado um grande debate entre a Uefa e os representantes dos clubes. Vale lembrar, no entanto, que a OMS não define o calendário europeu e a entidade máxima do futebol não precisa acatar a orientação.

Na última segunda-feira (20), o esloveno Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, adotou um discurso mais otimista e levantou a hipótese de voltar a disputar torneios com os portões fechados.

“Há opções que permitem retomar e completar as ligas. As pessoas verão como normal o fato de só poderem ver futebol pela televisão, mas é melhor do que não se jogar. As medidas serão por tempo limitado e voltaremos à normalidade com estádios cheios, tenho a certeza disso”, disse.

“Ainda é muito cedo para dizer que não podemos terminar a temporada, pois o impacto seria terrível para clubes e ligas, mas devemos respeitar as autoridades e aguardar permissão para voltar a jogar”, continuou o mandatário.

Fato é que novas reuniões deverão acontecer nos próximos dias para tentar definir a melhor situação para as ligas e os clubes.

Enquanto isso, a Europa registrou mais de 100.000 pessoas mortas devido ao novo coronavírus. Itália, Espanha, Inglaterra e França são os países mais atingidos.